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Mustafa Boydak entre 4 empresários detidos na Turquia

Mustafa Boydak entre 4 empresários detidos na Turquia
julho 29
12:49 2016

Mustafa Boydak, presidente do Conselho de Administração do Boydak Holding – um dos maiores conglomerados na Turquia – foi detido juntamente a três outros executivos sêniores do holding. O governo Turco está ampliando sua repressão contra a tentativa de golpe militar fracassada ao setor empresarial.

O vice-presidente do Conselho de Administração do Boydak Holding Sukru Boydak, o membro do Conselho de Administração Ilyas Boydak, o coordenador de desenvolvimento comercial e legal Halit Bayhan também foram detidos conforme mandados foram emitidos para dois mais membros do holding sob as mesmas acusações.

Mustafa Boydak foi detido por policiais da unidade contraterrorismo da Delegacia de Kayseri por volta das 7 horas da manhã na sexta-feira, após policiais terem feito uma busca em sua casa.

Os quatro executivos foram detidos sob suspeita de filiação à assim chamada Organização Terrorista Fethullahista [FETO], que é usada pelo judiciário apoiado pelo governo para enquadrar simpatizantes do movimento Gulen.

O antigo presidente do Holding Haci Boydak e ex-CEO Memduh Boydak foram presos em 6 de março de 2016. Haci Boydak foi solto por estar doente em 17 de maio depois que seus advogados contestaram devido a sua condição.

O Boydak Holding participa de vários setores, incluindo o energético, de móveis e bancário com 38 empresas subsidiárias. De acordo com seu site, o Holding tem uma movimentação de mais de 6 bilhões de liras turcas (quase 6 bilhões e meio de reais) e emprega mais de 13.000 pessoas.

Um grupo de soldados rebeldes, atuando fora da cadeia de comando, tentaram dar um golpe militar por volta das 10 horas da noite em 15 de julho, o que deixou mais de 200 pessoas mortas, incluindo civis.

O governo turco conseguiu acabar com a tentativa de golpe e lançou uma repressão em larga escala por todo o país contra a mídia, servidores públicos, juízes, promotores e professores, juntamente a rebeldes dentro do exército. As detenções, prisões e expurgos massivos que vieram logo após a repressão foram ampliados e aumentaram depois que um estado de emergência foi declarado em 10 de julho, concentrando poder formalmente nas mãos de Erdogan ao permitir que ele e seu gabinete façam leis por decreto.

Erdogan acusou o movimento Gulen de estar por detrás da tentativa de golpe e exigiu a extradição do erudito islâmico turco Fethullah Gulen dos EUA. Milhares de servidores públicos, juízes, promotores e jornalistas foram detidos pela polícia turca por supostamente terem ligações com o movimento Gulen.

Entretanto, Gulen recentemente emitiu uma declaração condenando a tentativa de golpe militar fracassada na Turquia, chamando as alegações de seu envolvimento de “ofensivas”.

O movimento Gulen é uma iniciativa social de base inspirada por Gulen e realiza atividades de caridade por todo o mundo, incluindo na edução, na distribuição de ajuda humanitária e no fornecimento de água potável em países africanos.

Não se considera que o movimento Gulen tenha influência sobre os militares turcos, que são conhecidos por suas raízes kemalistas e são contra o movimento Gulen. Os militares rebeldes que tentaram montar um golpe se chamaram de “Conselho de Paz em Casa”, em uma declaração que fizeram ser transmitida a força na emissora estatal TRT na noite de sexta-feira. O nome é uma referência a “Paz em casa, paz no mundo”, que é uma frase famosa de Mustafa Kemal Ataturk, o fundador da República da Turquia.

Desde que uma investigação de corrupção eclodiu em 17 de dezembro de 2013, levando a renúncia de quatro ministros do Gabinete, Erdogan tem lançado uma caça às bruxas direcionada a donos de loja, professores, membros do judiciário, jornalistas e policiais que são acusados de serem afiliados com ao movimento Gulen, que também é conhecido como o movimento Hizmet. A investigação de corrupção envolveu o então Primeiro-Ministro Erdogan, membros de sua família e figuras importantes do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP).

Erdogan acusou o movimento Gulen de tramar a derrubada de seu governo e disse que simpatizantes do movimento dentro da polícia tinham fabricado o escândalo de corrupção. Desde então, centenas de policiais foram detidos e alguns presos por supostas atividades ilegais ao longo da investigação de corrupção. Erdogan disse abertamente que realizaria uma “caça às bruxas” contra qualquer um que tenha ligações com o movimento. O movimento Gulen rejeita veementemente as alegações levantadas contra ele.

Fonte: www.turkishminute.com

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