Livros e jornais usados como evidência para demonstrar seguidores do Gulen como terroristas
A polícia turca exibiu cópias confiscadas de jornais da Turquia críticos ao governo do país e uma coleção de livros escritos pelo erudito turco islâmico Fethullah Gulen como evidência, na província de Izmir ao oeste do país, para demonstrar que os seguidores de Gulen estão envolvidos em terrorismo.
A polícia fez batidas em várias casas como parte de uma investigação sobre o movimento baseado na fé de Gulen, que o governo acusa de ter tramado a tentativa de golpe fracassada no mês passado, no distrito Tire em Izmir no domingo. Enquanto cinco pessoas eram detidas pela polícia, cópias velhas dos jornais Zaman, Yarina Bakis, Yani Hayat e Ozgur Dusunce foram confiscadas juntamente a dezenas de livros escritos por Gulen.
Em uma investigação separada, a polícia fez batidas em 32 casas e deteu 27 pessoas incluindo 21 mulheres.
O governo do partido turco AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento), que lançou uma guerra contra o movimento Gulen logo depois que estourou um escândalo de corrupção no final de 2013, em que membros importantes do governo estavam envolvidos, continuou a reprimir o movimento e seus simpatizantes chegando a um novo nível após uma tentativa de golpe fracassada em 15 de julho que matou 240 pessoas e feriu a milhares de outras.
Apesar de o movimento veementemente negar ter qualquer papel na investigação de corrupção e na tentativa de golpe, o governo acusa ele de ter arquitetado os dois, apesar da falta de qualquer evidência tangível até agora.
O governo acusa o movimento de ser uma organização terrorista.
Antes da tentativa de golpe, o Zaman e o Ozgur Dusunce foram confiscados pelo governo devido as suas ligações com movimento. Juntamente a muitos outros jornais críticos, eles foram fechados por um decreto do governo logo após o golpe.
Fonte: www.turkishminute.com