Coronel suspeito do golpe diz que os aviões dos ‘golpistas’ decolaram sob ordens da MIT
O Tenente Coronel Hakan Karakush, um dos suspeitos em um julgamento que vem ocorrendo a respeito da tentativa fracassada de golpe em 15 de julho de 2016, disse que um coronel que estava ordenando que aviões decolassem da Base Aérea Akinci estava agindo sob ordens da Organização da Inteligência nacional (MIT) turca, informou o site de notícias Kronos na quarta-feira.
De acordo com a reportagem, Karakush, que era o comendante da 141ª divisão aérea na Base Aérea Akinci, foi acusado de coordenar os aviões usados pelos golpistas.
“O Coronel Nihat, que ordenou que os aviões na Base Aérea Akinci decolassem, disse que estava agindo sob ordens da MIT. Ele conhecia os golpistas. Ele seguiu instruções. Ele não mostrou oposição alguma,” disse Karakush.
O Tenente Coronel Karakush disse em sua defesa que o Coronel Nihat Altintop lhe contou que estava esperando um golpe, que havia se coordenado com outros anteriormente, estava em contato com um amigo seu da MIT e seguiu as instruções de seu amigo.
“Antintop disse que haveria uma operação no começo da manhã, que todos seriam penalizados e que eu teria que agir com ele para o meu próprio bem,” disse Karakush, acrescentando que foi dito a ele que ficasse longe de incidentes e permanecesse na torre de controle.
“Nihat Altintop estava responsável por todos os pousos e decolagens de aviões e helicópteros naquela área. Sua responsabilidade oficial é também o controle de tráfico aéreo. Ele foi o responsável de fato por tudo isso,” disse Karakush, acrescentando que Altintop chamou seu amigo K.G. na MIT em 15 de julho para o atualizar sobre os eventos e instruiu sua equipe alinhado com ordens do K.G.
Retirando seu testemunho anterior em uma delegacia e no escritório do promotor, Karakush alegou que seu testemunho todo foi obtido sob tortura. Ele disse que sofreu pressão para falar contra seu sogro, o General Akin Ozturk, um antigo comendante das Forças Aéreas, e alega que planejou o golpe com civis.
Karakush rejeitou as alegações do envolvimento de Öztürk no golpe e disse que ele não poderia ter tido qualquer coisa a ver com ele. Öztürk, um suspeito chave no golpe, disse em sua defesa que ele foi e voltou entre o Chefe de Estado-Maior, General Hulusi Akar e os generais golpistas segundo as ordens de Akar para os convencer a abandonar a tentativa de golpe.
A Base Aérea tem estado envolta em controvérsia pois o governo alegou que ela era o centro de controle do golpe fracassado e onde o Chefe de Estado-Maior Akar foi suspostamente levado como refém por soldados que agora estão sendo julgados como suspeitos.
De acordo com o testemunho de vários soldados, incluindo o comandante de Base Aérea, o Brigadeiro General Hakan Evrim, e o antigo Comandante das Forças Aéreas, o General Öztürk, Akar não foi refém na Base Aérea Akinci pois ele foi embora de lá de sua própria vontade na noite do golpe.
Fonte: www.turkishminute.com