Turquia cogita um ataque contra clérigo radicado nos EUA
De acordo com uma reportagem publicada em 5 de outubro no The Huffington Post, a Turquia poderia estar planejando um ataque contra o erudito islâmico radicado nos EUA, Fethullah Gulen, que o governo acusa de estar por detrás do golpe fracassado de 15 de julho na Turquia.
A reportagem detalhada, escrita por Mahir Zeynalov, é a seguinte:
“Os serviços de segurança turcos supostamente vêm planejando um ataque contra o pregador radicado nos EUA, Fethullah Gulen, um clérigo turco que o governo da Turquia acusa sem provas nem evidências de arquitetar o complô para o golpe de 15 de julho, várias fontes confirmaram.
O temor de um ataque contra a vida de Gulen foi ressaltado já no começo de agosto através de seus advogados que alertaram contra uma possível tentativa de assassinato em uma época em que líderes turcos no país deleitam as multidões ao entoarem “morte” ao clérigo.
Uma reunião recente em uma unidade de inteligência da polícia turca estava debatendo um ataque similar contra Gulen, que reside em uma cidadezinha rural da Pensilvânia, nos EUA, desde 1999, uma fonte que se informou na reunião disse. Não estava imediatamente disponível quando e onde a reunião ocorreu. Ele observou que grandes autoridades turcas também estavam presentes na reunião.
Outra fonte disse que o assunto foi levantado por uma autoridade turca que alegou que Gulen é uma figura muito importante em manter seus seguidores juntos e que é impossível eliminar o movimento enquanto Gulen continuar liderando e inspirando seus simpatizantes. A fonte disse que uma unidade da inteligência turca nos EUA estava monitorando o conjunto de Gulen por várias semanas e que a segurança era fácil de romper. Um dos participantes da reunião inclusive disse que “a segurança é zero” no conjunto em Saylorsbourg.
Os oficiais de segurança renovaram seu foco em tramar contra a vida de Gulen depois que vários participantes expressaram suas convicções de que os EUA não possuíam a intenção de extraditar o clérigo, dizem as fontes. Eles colocaram de lado a possibilidade de que Washington estivesse disposto a entregar Gulen, que é acusado sem provas nem evidências de dirigir uma tentativa de golpe militar em 15 de julho. Gulen nega as alegações.
Ontra fonte, que também possuía conhecimento sobre a reunião, confirmou as alegações.
O Presidente Recep Tayyip Erdogan e outras altas autoridades turcas não esconderam suas intenções de trazerem de volta a pena capital. Erdogan jurou sancionar se o Parlamento turco restaurar a pena de morte. A Turquia pediu formalmente aos EUA que prendessem Gulen durante o processo de extradição, que pode levar anos.
Vários indivíduos próximos ao movimento Gulen confirmaram que eles foram informados por suas fontes nas serviços de segurança a cerca de um complô contra a vida do clérigo. Alguns desses relatos eram confiáveis, mas alguns deles foram dispensados como rumores, de acordo com relatos dos indivíduos que falaram sob condição de anonimato para proteger suas fontes. Um dos relatos datava a um mês atrás, sugerindo que as discussões vêm ocorrendo por pelo menos quatro semanas.
Não ficou claro se os serviços de segurança estavam discutindo uma possibilidade como essa ou se eles estavam no estágio de planejamento.
Os jornalistas pró-governo não foram tão discretos em sugerir uma solução similar. Fatih Tezcan, um apoiador convicto do governo, sugeriu que os serviços de seguraça turcos devam assassinar Gulen na Pensilvânia. Huseyin Gulerce, que esteve por muito tempo no círculo interno de Gulen mas que ttrocou de lado há dois anos, disse que Gulen poderia ser morto em um “assassinato inexperado”.
Fonte: www.turkishminute.com