O legislador britânico Edward Leigh descreveu a morte recente de uma menina de 15 anos, cuja mãe está presa na Turquia, como uma violação dos direitos humanos e instou as autoridades turcas a libertarem todos os prisioneiros políticos.
Tag "Repressão Política"


A prisão do prefeito de Istambul, Ekrem İmamoğlu, principal rival político do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, sob acusações de corrupção — após ser acusado tanto de corrupção quanto de terrorismo — marca mais um sinal de que a Turquia está se tornando o próximo Irã: um estado onde as eleições são rigidamente controladas, fraudadas antecipadamente e reduzidas a uma fachada democrática sem condições de campanha livres e justas.

Em uma ação legal póstuma chocante e de motivação politica, a Turquia emitiu um mandado de prisão para um crítico falecido do presidente Recep Tayyip Erdogan, enquanto mantinha dezenas de mandados anteriores contra ele ativos. Essa medida sem precedentes marca uma nova fase perturbadora na extrema politização do sistema judiciário turco, onde até os mortos não estão isentos do abuso de poder do Estado.

O governo islâmico do presidente Recep Tayyip Erdogan tem tentado há algum tempo obter dados cruciais sobre seus críticos e opositores nos EUA explorando mecanismos judiciais nos tribunais distritais americanos. Além disso, continua a assediar dissidentes com processos judiciais frívolos para fins políticos.

A Turquia tem experimentado um notável ressurgimento da tortura e dos maus-tratos a pessoas sob custódia desde a tentativa de golpe em julho de 2016. A falta de condenação por parte de autoridades superiores e a prontidão em encobrir as alegações, em vez de investigá-las, resultaram em impunidade generalizada para as forças de segurança.

A CEDH condenou a Turquia a pagar 2,34 milhões de euros em indenizações a 468 indivíduos detidos ilegalmente após a tentativa de golpe de 2016, elevando o total devido em casos similares para 10,76 milhões de euros. As detenções, baseadas em acusações de afiliação ao movimento Hizmet (inspirado por Fethullah Gülen e rotulado como terrorista pelo governo de Erdoğan), foram consideradas ilegais devido à falta de “suspeita razoável”, violando o Artigo 5 § 1 da CEDH. A CEDH criticou o uso de evidências frágeis, como o uso do aplicativo ByLock, contas no Banco Asya e posse de notas de um dólar específicas, para justificar as prisões. A decisão insere-se num contexto mais amplo de repressão pós-golpe na Turquia, com mais de 130.000 funcionários públicos demitidos e uma queda significativa no índice de Estado de Direito do país, refletindo a preocupação internacional com as violações de direitos humanos e a deterioração da democracia turca.