Um vídeo mostra um homem, supostamente um traficante de pessoas, gabando-se de como “encheu a Europa com imigrantes” e como está faturando milhares de euros depois que a Turquia abriu suas fronteiras.
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A chanceler alemã Angela Merkel disse na segunda-feira que compreendia que o presidente turco Recep Tayyip Erdogan esperava mais ajuda da Europa para lidar com a crise dos refugiados, mas acrescentou que ele não deveria usar refugiados para expressar sua insatisfação, informou a Reuters.
Quase quatro anos depois, o polêmico acordo firmado com a União Europeia para a Turquia segurar migrantes em seu território em troca de ajuda financeira caiu por terra. E enquanto os dois lados trocam acusações, os migrantes que se arriscam em longas travessias em busca de melhores condições de vida enfrentam uma situação ainda mais vulnerável.
As centenas de milhares de refugiados acantonados em campos turcos tinham já servido como fonte de receita para o brutal regime de Recep Erdogan; agora que a escalada do conflito na Síria ameaça chegar a uma guerra aberta entre os dois vizinhos, os refugiados tornaram-se objecto de chantagem. Ou há um maior empenho europeu nos combates na zona de Idlib, ou Ancara abrirá as fronteiras aos refugiados que, a troco de seis mil milhões de euros, tinha prometido manter fechadas.
Milhares de refugiados e migrantes juntaram-se num ponto da fronteira entre a Turquia e a Grécia depois de receberem a informação que lhes seria permitido passar – algo dito pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan, que declarou este sábado que os “portões estão abertos”. Mas do lado grego a determinação em não deixar ninguém passar levou ao uso de gás lacrimogêneo pela polícia de fronteira.
Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para os Refugiados, na quinta-feira, apelou aos vizinhos da Síria, incluindo a Turquia, que recebessem mais refugiados sírios em meio ao que ele chamou de “a dramática piora da situação” na província de Idlib na Síria, informou a agência de notícias estatal Anadolu.
A antiga cidade do norte da Grécia, Salônica, transformou-se num porto seguro para requerentes de asilo político da vizinha Turquia, depois do golpe.
Os sírios que não se registaram na cidade de Istambul como requerentes de asilo estão a enfrentar deslocações forçadas para fora da cidade. Em novembro saíram mais de 6.000 pessoas e este fim de semana quase 100 mil. Outros casos são ainda mais graves: há sírios que estão a ser obrigados a regressar a um país instável e violento, denunciam as organizações não-governamentais
A Grécia e a União Européia não devem ser reféns da Turquia devido à migração, disse o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis na quinta-feira, pois o país está procurando maneiras de limitar as chegadas de refugiados e migrantes e descongestionar os campos de migrantes nas ilhas do leste do mar Egeu, informa o site de notícias Ekathimerini.
De acordo com relatório intitulado “Empresas com Capital Sírio” publicado pela Fundação de Pesquisa da Política Econômica da Turquia (TEPAV),
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