Estudante presa impedida de fazer provas

As autoridades do Ministério da Justiça na cidade turca de Esmirna, no oeste do país, se recusaram a permitir que a estudante de direito encarcerada Emine Altın fizesse exames em sua universidade, citando supostas preocupações com a segurança, informou o site de notícias Bold Medya.
Embora a lei turca permita que os presos busquem seu direito à educação, protegido constitucionalmente, e participem de exames na companhia de autoridades, Altın teve a oportunidade de exercer esse direito negada.
Em janeiro, o Ministério da Justiça respondeu a uma investigação através do Centro Presidencial de Comunicações da Turquia (CİMER), apontando que Altın estava presa por acusações relacionadas ao terrorismo e que sua libertação para fins de educação poderia representar um risco à segurança.
Altın está atrás das grades por supostos vínculos com o movimento Hizmet, que o governo turco acusa de orquestrar um golpe fracassado em julho de 2016. O movimento nega qualquer envolvimento no golpe abortivo.
“No caso de uma libertação da prisão ser considerada arriscada para a segurança pública, o Ministério Público pode impor limitações ao direito de deixar a prisão”, disse um comunicado divulgado pelo CİMER.
Altın é formada em ensino de matemática. Ela foi presa em fevereiro de 2018 quando estava grávida e perdeu o bebê enquanto estava atrás das grades.
Apesar de seu marido, Armağan Altın, estar preso na mesma prisão de Izmir, o casal recém-casado teve a permissão se ver apenas duas vezes nos últimos dois anos.
Fonte: Jailed Turkish law student prevented from taking exams over alleged security concerns