Assistente de pesquisa mata 4 em universidade de Eskisehir
Um assistente de pesquisa da Universidade Osmangazi, na província central turca de Eskisehir, atirou e matou quatro funcionários da universidade, que ele vinha acusando de serem membros do Movimento Gulen, informaram os veículos de mídia turcos na quinta-feira.
O assistente de pesquisa, Volkan Bayer, matou Mikail Yalcin, o diretor assistente da faculdade de educação; Fatih Ozmutlu, secretário da faculdade de educação; Yasir Armagan, assistente de pesquisa e o professor associado Serdar Caglak.
O agressor foi capturado por equipes da polícia ainda em posse de sua arma, logo após o ataque.
O reitor da universidade, Hasan Gonen, disse que Bayer costumava acusar as vítimas de serem membros da “FETO”, um termo derrogatório cunhado pelo governante Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) para se referir ao Movimento Gulen, acusado de montar uma tentativa frustrada de golpe em julho de 2016.
O movimento nega fortemente qualquer envolvimento no golpe fracassado.
Gonen disse que o diretor da faculdade de educação, o Professor Cemil Yucel, era o alvo principal do agressor, mas o diretor não estava em seu escritório na hora do ataque.
A professora Ayse Aypay, da mesma universidade, disse que muitas reclamações haviam sido apresentadas contra Bayer pelas vítimas, mas as autoridades não tomaram uma ação para lançarem uma investigação contra ele.
“Quem se responsabilizará por proteger Volkan Bayer por um ano e meio?”, perguntou Aypay.
O governador de Eskisehir, Ozdemir Cakacak, disse em uma declaração na quinta-feira que uma investigação extensa foi lançada sobre o incidente para se determinar o motivo para ao ataque.
Tentativa fracassada de golpe militar em 15 de julho de 2016 matou 249 pessoas. Imediatamente após a tentativa de golpe, o governo do AKP, juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan, colocou a culpa no Movimento Gulen.
Fethullah Gulen, que inspirou o Movimento, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e clamou por uma investigação internacional sobre o caso mas o Presidente Erdogan — chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” — e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do Movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as sob custódia.
A Turquia suspendeu ou demitiu mais de 150.000 juízes, professores, policiais e outros funcionários públicos desde julho de 2016. O ministro do interior da Turquia anunciou em 12 de dezembro de 2017 que 55.665 pessoas foram presas. Em 13 de dezembro, o Ministério da Justiça anunciou que 169, 013 pessoas estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.
Fonte: www.turkishminute.com