Vítimas do expurgo encaram discriminação feita por firma turca em anúncio de emprego controverso
A discriminação na Turquia pós-golpe alcançou um novo nível com empresas discriminando pessoas que perderam seus empregos em investigações que visam os inimigos percebidos do governo.
Seramik Dunyasi, empresa que vende materiais de construção na província no Mar Egeu de Manisa, postou uma oferta de emprego para uma posição de vendedor em seu escritório no centro da cidade.
“Não ter sido dispensado de quaisquer instituições estatais” estava entre as qualificações para candidatos em potencial.
Não é a primeira vez que empresários locais se juntaram ao governo em sua abordagem discriminatória contra certos grupos-alvo. “Pessoas afiliadas à Organização Terrorista de Fethullah Gulen [um termo derrogatório cunhado pelo governo] não são permitidas a comprarem aqui”, dizia uma faixa pendurada por um vendedor de Konya em seu estande de vendas no final de agosto.
Um restaurante de Denizli pendurou outra faixa na parede que dizia: “Traidores, golpistas e os pertencentes ao estado paralelo não são permitidos por causa da tentativa de golpe de 15 de julho”.
O governo turco acusa o movimento Gulen (Hizmet) de arquitetar a tentativa de golpe de 15 de julho enquanto que o movimento nega qualquer envolvimento.
Em o que muitos chamam de um expurgo planejado, o governo expurgou 120.000 pessoas, deteve 80.000 e prendeu 40.000 por supostos ou reais laços com o movimento.
Cerca de 11.000 professores também foram suspensos por suas supostas ligações com o fora-da-lei Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). (Turkey Purge)
Fonte: www.turkishminute.com