Kimse Yok Mu é Modelo para Gestão de Desastres Brasileira
Oficiais brasileiros introduzidos à Kimse Yok Mu na Feira Internacional de Gestão de Desastres declararam que a fundação é um bom exemplo de ONG envolvida em caridade.
Ministro da Defesa Civil de São Paulo, Marco Aurélio Pinto, afirmou que, inspirados pela KYM, eles pretendem implementar times de voluntários em locais com população inferior a 25 mil pessoas em todo o país. Pinto acrescentou que não é possível ao Estado fornecer auxílio a todas as partes do país e, portanto, ONGs têm um papel fundamental. A Kimse Yok Mu os introduziu ao modelo de ONG para gestão de desastres.
Pinto enfatizou a inevitável necessidade de cooperação com a sociedade civil na gestão de desastres e que todos os países desenvolvidos encorajam o envolvimento civil. Disse ainda que todas as caridades no Brasil são subsidiadas e o Estado encoraja qualquer instituição de caridade independente que tenha uma operação transparente.
Ele crê que o controle do Estado sobre organizações de caridade contradiz o conceito de gestão de desastres moderno, numa época em que a parceria entre sociedade civil e Estado é abraçada globalmente, e que qualquer ato desse tipo resultará em retrocesso. “Apesar de não serem tão devastadoras quanto grandes terremotos ou tsunamis, vivenciamos algumas tragédias anualmente, incluindo enchentes e deslizamentos de terra. Precisamos de ONGs independentes do Estado e operadas pela sociedade civil em nosso país.” Um dos fatores chave do auxílio em desastres é chegar ao local rapidamente e os órgãos estatais, por natureza, se envolvem tardiamente por causa da burocracia, o que traz má reputação para os esforços de ajuda humanitária.
ONGs independentes que agem rapidamente têm papel fundamental com relação a esses esforços. A assistência oferecida aos refugiados que foram forçados a deixarem sua terra natal por causa de conflitos na Síria e Iraque são um bom exemplo disso. O ministro observou as atividades da KYM pessoalmente e achou a instituição inspiradora e admirável por diminuir o peso nos ombros do Estado.
Ele se surpreendeu ainda ao ouvir que o trabalho de ajuda da KYM não se restringe à Turquia, mas está disponível em todo o mundo e que ela funciona como uma organização internacional. Pinto ressaltou que tais instituições deveriam receber consideração especial para alcançar níveis mais altos de qualidade na gestão de desastres e ajuda humanitária mundialmente.
Publicado (em turco) em Cihan, 1 de outubro de 2014.