Turquia Sob Erdoğan: Como um país virou da democracia e do Ocidente
Desde que chegou ao poder em 2002, Recep Tayyip Erdogan tem supervisionado uma transformação radical da Turquia. Uma vez um pilar da aliança ocidental, o país embarcou numa política externa militarista, e sua democracia, sustentada pela aspiração de aderir à União Europeia, deu lugar ao governo de um homem só.
Um relato incisivo da Turquia de Erdoğan – mostrando como sua transformação preocupante pode ser de curta duração.
Desde que chegou ao poder em 2002, Recep Tayyip Erdoğan tem supervisionado uma transformação radical da Turquia. Uma vez um pilar da aliança ocidental, o país embarcou numa política externa militarista, intervindo em pontos de fulgor regionais desde Nagorno-Karabakh até a Líbia. E sua democracia, sustentada pela aspiração de aderir à União Europeia, deu lugar ao governo de um só homem.
Dimitar Bechev traça a trajetória política do regime populista de Erdoğan, desde a era das reformas e da prosperidade nos anos 2000 até os efeitos da guerra na vizinha Síria. Em uma história de oportunidades perdidas, Bechev explora como a Turquia se separou dos Estados Unidos e da Europa, abraçou a Rússia de Putin e outras potências revisionistas, e substituiu um regime democrático frágil por um regime autoritário. Apesar disso, ele argumenta que os instintos democráticos da Turquia são resistentes, seus laços econômicos com a Europa são tão fortes como sempre, e Erdoğan falhará em alcançar um regime totalmente autocrático.
RESENHAS PARA ESTA PUBLICAÇÃO
Uma tentativa arrebatadora de capturar os últimos 20 anos da Turquia, Bechev traça habilmente a transformação radical das políticas interna e externa da Turquia sob Recep Tayyip Erdoğan. Um excelente livro de um dos melhores”.
-Gönül Tol, Instituto do Oriente Médio
Uma narrativa convincente, rica em anedotas, citações e exemplos empíricos cuidadosamente escolhidos, anima uma análise histórica profunda da evolução da Turquia desde os anos 70 até hoje. Bechev traça a modernização da Turquia, a ascensão do populismo islâmico, sua mudança geopolítica da periferia do Ocidente para sua proposta de hegemonia regional, bem como as fraquezas do regime autoritário competitivo que seu Presidente Erdoğan criou”.
-Rosa Balfour, diretora da Carnegie Europe
Bechev analisa as duas décadas que testemunharam a evolução do Presidente Erdoğan de um “democrata muçulmano” aparentemente amigo da UE para um homem forte. Ele retrata magistralmente como as mudanças na política externa do AKP foram entrelaçadas com práticas autoritárias crescentes na Turquia”.
-Professor Ayşe Kadıoğlu, Universidade Sabanci
DIMITAR BECHEV
