EUA sanciona 2 ministros turcos por prisão de pastor americano
Os Estados Unidos, na quarta-feira, sancionaram o Ministro da Justiça da Turquia Abdulhamit Gul e o Ministro do Interior Suleyman Soylu pela prisão do Pastor Andrew Brunson, com a Secretária de Imprensa da Casa Branca dizendo que os dois homens desempenharam papéis de liderança em sua prisão e mais tarde detenção em 2016, informou a Reuters.
“A injusta detenção do Pastor Brunson e o continuado processo por autoridades turcas é simplesmente inaceitável,” disse o Secretário do Tesouro Steven Mnuchin em uma declaração subsequente, anunciando formalmente as restrições financeiras. “O Presidente [Donald] Trump deixou abundantemente claro que os Estados Unidos esperam que a Turquia liberte ele imediatamente.”
“Não vimos nenhuma evidência de que o Pastor Brunson tenha feito qualquer coisa de errado,” disse Sanders.
Anteriormente ao anúncio das sanções dos dois ministros turcos, Bloomberg informou que os EUA havia preparado uma lista de entidades e indivíduos turcos a serem alvos caso decida impor sanções sobre o governo de Recep Tayyip Erdogan por prender cidadãos americanos e empregados de sua missão diplomática.
A lira turca mergulhou para uma baixa recorde de 4,9985 depois que a Bloomberg News informou sobre as possíveis sanções, estendendo seu declínio para 4,5% desde 26 de julho, quando o Vice-Presidente Mike Pence ameaçou com sanções devido ao caso de Brunson.
“Se a Turquia não tomar uma ação imediata para libertar este inocente homem de fé e enviar ele para casa na América, os Estados Unidos vai impor significantes sanções sobre a Turquia até que o Pastor Andrew Brunson esteja livre,” tuitou Pence na última quinta-feira.
Brunson, nativo da Carolina do Norte, tem estado sob custódia desde outubro de 2016 depois que ele e sua esposa foram detidos sob acusações de violação de imigração. Na época, os Brunsons tinham uma pequena igreja em Esmirna. Eles viviam na Turquia já há 23 anos.
Os promotores acusam Brunson de atividades em nome do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e também do grupo inspirado por Gulen. O Movimento Gulen nega fortemente qualquer envolvimento no golpe fracassado.
Um tribunal turco, na semana passada, soltou Brunson da prisão, colocando-o sob prisão domiciliar devido a “problemas de saúde.”
A administração dos EUA imediatamente recebeu bem a decisão, mas disse que não era o suficiente, exortando as autoridades turcas a resolverem seu caso imediatamente.