Turquia não implementará sanções dos EUA sobre Irã
O ministro das relações exteriores Mevlut Cavusoglu reiterou que a Turquia não implementará sanções unilaterais dos Estados Unidos sobre o Irã, observando que Ancara passou esta mensagem a uma delegação do Tesouro Americano que estava visitando recentemente, informou o Hurriyet Daily News.
“Dissemos a eles que não vamos nos juntar a essas sanções,” disse Cavusoglu, referindo-se a uma visita do Secretário Assistente dos EUA do Tesouro para o Financiamento Terrorista, Marshall Billingslea a Ancara na semana passada.
“Compramos petróleo do Irã, compramos sob as condições corretas. Qual é a outra opção?” disse Cavusoglu que as autoridades turcas contaram à delegação dos EUA, falando em uma discussão de mesa redonda com jornalistas na terça-feira.
“Enquanto estamos explicando porque não vamos obedecer essas sanções, também expressamos que não achamos apropriadas essas sanções dos EUA,” também disse o ministro.
Em uma discussão com uma ampla gama de assuntos com jornalistas, Cavusoglu também enfatizou que a Turquia está disposta a reconciliar seus laços com a União Europeia no período que está por vir e que está planejando realizar reuniões com países europeus.
O governo turco deve continuar com as reformas, quer o processo de adesão da Turquia à União Europeia ganhe impulso ou não, disse Cavusoglu.
“Talvez não podemos dar muitos passos no processo de adesão, mas podemos melhorar a nossa cooperação em outras questões,” disse ele.
“Pelo menos podemos mudar de um ambiente negativo para um positivo quanto ao processo com a União Europeia,” disse o ministro.
Ele relembrou que uma normalização começou com a Holanda e disse que os laços com a Alemanha estão “ficando melhor.”
“Temos um bom diálogo com a França. No período que está por vir, teremos reuniões trimestrais na Europa,” disse ele.
Cavusoglu também alegou que os EUA estava levando as acusações do governo turco contra o Movimento Gulen mais a sério após a persistência deles em fornecer “mais evidências.”
O governo turco acusa o Movimento Gulen de orquestrar uma tentativa de golpe em 15 de julho de 2016, apesar de que o Movimento nega isso fortemente.
O líder do Movimento, Fethullah Gulen, tem vivido nos EUA desde 1999, e após a tentativa de golpe transformou-se em uma questão de política externa importante entre a Turquia e os EUA.