OSCE visita oposição turca para discutir possível fraude nas eleições de junho
Uma delegação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) se reuniu com membros dos partidos de oposição turcos antes das eleições antecipadas em 24 de junho, para discutir mudanças recentes à lei eleitoral e se elas afetarão a imparcialidade na contagem dos votos, de acordo com o jornal Birgun.
Representantes da OSCE se encontraram com os deputados do Partido Popular Republicano Ozgur Ozel, Muharrem Erkek, Onursal Adiguzel, Sezgin Tanrikulu e Sibel Ozdemir, e perguntaram a eles se acham que haverá fraude nas eleições que estão chegando.
“A objeção mais importante à contagem dos votos do referendo de 2017 foi a aceitação de urnas não seladas, que agora fazem parte da lei eleitoral,” disse Ozel, que também criticou uma decisão de mudar a localização das urnas, se os governadores julgarem necessário, por causar um baixo comparecimento de eleitores, especialmente no leste e sudeste do país.
Erkek também questionou a legitimidade de qualquer voto dado sob um estado de emergência, dizendo que “um número enorme de pessoas estão preocupadas com a fraude nas eleições.”
“É realmente triste ter um debate sobre a possibilidade de fraude nas eleições no século 21,” disse Adiguzel, deputado e vice-presidente do CHP de Istambul responsável por tecnologias de informação e comunicação. “No referendo de 2017, em 1.840 urnas haviam mais cédulas de voto que o número oficial de eleitores registrados. Em 960 urnas, todos os votos eram ‘sim’.”
Além de se encontrar com os deputados do CHP, a delegação da OSCE também visitou Meral Danis Bestas, Ertugrul Kurkcu e Ali Atalan, membros do Partido Democrático Popular (HDP). A declaração do HDP sobre a visita da OSCE disse que a segurança das urnas está sendo questionada devido a um estado de emergência que vem ocorrendo e que a prisão do candidato presidencial do HDP, Selahattin Demirtas, que é curdo, resultou em condições injustas.
Para o referendo de 16 de abril de 2017 sobre emendas constitucionais para se introduzir uma presidência executiva na Turquia, Tana de Zulueta, observadora da OSCE, concluiu que “O referendo ocorreu em um ambiente político em que liberdades fundamentais essenciais ao um processo genuinamente democrático foram reduzidas sob o estado de emergência, e os dois lados não tiveram oportunidades iguais para de exporem aos eleitores.”
Fonte: www.turkishminute.com