Erdogan diz que a Turquia não mais extraditará suspeitos de terrorismo para os EUA
A Turquia não mais cumprirá com os pedidos dos EUA para entregar pessoas acusadas de terrorismo, disse o Presidente Recep Tayyip Erdogan na quinta-feira, informou o site de notícias Ahval.
Ancara recentemente extraditou 12 suspeitos requisitados por Washington, mas agora essa cooperação chegou a um fim, disse Erdogan em um discurso no palácio presidencial em Ancara, de acordo com o jornal Milli Gazete.
“De agora em diante, quando quer que seja que vocês queiram um terrorista de nós, vocês não vão recebê-lo, enquanto eu estiver no cargo”, supostamente disse Erdogan.
As relações entre os Estados Unidos e a Turquia se azedaram até o seu nível mais baixo em décadas. Tensões devido ao apoio dos EUA aos curdos que estão lutando contra o Estado Islâmico no Iraque e no Levante (ISIL) na Síria e exigências feitas pela Turquia para entregarem Fethullah Gulen, pregador islâmico turco radicado nos EUA, se intensificaram.
O Encarregado dos Negócios da Embaixada dos EUA em Ancara, Philip Kosnett, foi convocado ao Ministério dos Relações Exteriores na quarta-feira, onde a crescente inquietude da Turquia por causa do treinamento do EUA de milícias curdas sírias no norte da Síria, perto da fronteira turca, foi comunicada.
Em outro ponto de contenda entre os dois aliados da OTAN, Ancara já há muito tempo exigiu a extradição de Gulen, um pedido que foi renovado após o golpe fracassado na Turquia em julho 2016. Contudo, o Departamento de Justiça dos EUA não encontrou evidências o suficiente ligando Gulen à tentativa de golpe, apesar das caixas de documentos que a Turquia enviou, alegando que elas apoiam sua alegação.
As relações entraram no modo crise no ano passado depois que a Turquia prendeu um funcionário consular dos EUA, levando Washington a suspender os serviços de visto para não-imigrantes, correspondido por uma ação recíproca da parte das missões diplomáticas turcas nos EUA.
Fonte: www.turkishmunute.com
