Voz da Turquia

 Últimas Notícias
  • Rússia responde à suposta oferta de aliado da OTAN para congelar guerra na Ucrânia A Rússia não aceitará uma proposta, supostamente formulada pela Turquia, para encerrar os combates na Ucrânia após quase 1.000 dias de guerra, declarou o Kremlin na segunda-feira, à medida que a perspectiva de um cessar-fogo, que há muito parecia irrealista, começa a aparecer no horizonte com a nova presidência dos EUA....
  • Erdogan se opõe ao uso de mísseis de longo alcance dos EUA pela Ucrânia e pede moderação O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, se posicionou contra a decisão dos Estados Unidos de permitir que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance para atacar o território russo, afirmando que isso agravará ainda mais o conflito, segundo um comunicado divulgado por seu gabinete nesta quarta-feira.  ...
  • Empresa de defesa turca Repkon vai estabelecer fábrica de munição de artilharia no Paquistão A empresa de defesa turca Repkon assinou nesta quinta-feira um acordo com a Wah Industries Limited (WIL), do Paquistão, para desenvolver uma linha de produção e preenchimento para corpos de projéteis de artilharia de 155 mm, com uma capacidade anual de 120.000 unidades, informou a agência estatal Anadolu....
  • Autoridades turcas investigam Mastercard e Visa por supostas práticas anticompetitivas O Conselho de Concorrência da Turquia anunciou na segunda-feira o início de uma investigação sobre as gigantes globais de pagamentos Mastercard e Visa em meio a acusações de práticas anticompetitivas no país, informou a agência estatal Anadolu.  ...
  • Lula se reúne com Erdogan, Meloni e outros nove líderes neste domingo A véspera do início da Cúpula de Líderes do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá neste domingo (17) onze reuniões bilaterais, entre elas com expoentes para a direita brasileira como o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni....
  • BRICS ofereceu status de país parceiro à Turquia, diz ministro do comércio turco O grupo BRICS ofereceu à Turquia o status de país parceiro, informou o ministro do Comércio, Omer Bolat, enquanto Ancara continua o que chama de esforços para equilibrar seus laços com o Oriente e o Ocidente.  ...
  • Liberdade de imprensa na Turquia se deteriora ainda mais em 2024, aponta relatório No terceiro trimestre de 2024, a Turquia sofreu um recrudescimento das restrições à liberdade de imprensa e de expressão, como evidenciado num relatório da Agenda para a Liberdade de Expressão e Imprensa. Jornalistas enfrentaram aumento de processos legais, detenções e investigações, juntamente com ameaças de morte e ataques físicos. As autoridades censuraram conteúdo online, impuseram limitações de acesso a plataformas como o Instagram e aplicaram sanções regulatórias a órgãos de comunicação social. Estas tendências reflectem um padrão mais amplo de repressão do governo sobre o discurso crítico e a independência dos meios de comunicação social, confirmando as recentes descobertas da Freedom House que classificam a Turquia como tendo a menor liberdade online na Europa....
  • CEDH ordena à Turquia pagar indenizações às vítimas dos expurgos pós-golpe A CEDH condenou a Turquia a pagar 2,34 milhões de euros em indenizações a 468 indivíduos detidos ilegalmente após a tentativa de golpe de 2016, elevando o total devido em casos similares para 10,76 milhões de euros. As detenções, baseadas em acusações de afiliação ao movimento Hizmet (inspirado por Fethullah Gülen e rotulado como terrorista pelo governo de Erdoğan), foram consideradas ilegais devido à falta de "suspeita razoável", violando o Artigo 5 § 1 da CEDH. A CEDH criticou o uso de evidências frágeis, como o uso do aplicativo ByLock, contas no Banco Asya e posse de notas de um dólar específicas, para justificar as prisões. A decisão insere-se num contexto mais amplo de repressão pós-golpe na Turquia, com mais de 130.000 funcionários públicos demitidos e uma queda significativa no índice de Estado de Direito do país, refletindo a preocupação internacional com as violações de direitos humanos e a deterioração da democracia turca....
  • Jornalistas estão entre dezenas de detidos durante protestos devido à remoção de prefeitos curdos Durante o segundo dia de manifestações, desencadeadas pela destituição de três prefeitos curdos no sudeste da Turquia, uma região de maioria curda, a polícia deteve várias pessoas, entre elas dois jornalistas....
  • Na Ásia Central, Erdoğan pede laços mais fortes com estados turcos Na última quarta-feira, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan defendeu o estreitamento das relações com os estados turcos pós-soviéticos durante uma cúpula na Ásia Central. A iniciativa ocorre em um momento em que Ancara busca ampliar sua influência na região, em meio à concorrência com a Rússia e a China, conforme reportado pela Agence France-Presse....

Júri considera Atilla culpado em 5 acusações em esquema de evasão de sanções dos EUA

Júri considera Atilla culpado em 5 acusações em esquema de evasão de sanções dos EUA
janeiro 05
12:06 2018

O júri no julgamento de Mehmet Hakan Atilla, um executivo do Halkbank da Turquia acusado de participar em um esquema para evadir sanções dos EUA sobre o Irã, no tribunal federal americano, na quarta-feira, chegou a um veredito de culpado em cinco acusações, incluindo fraude bancária e conspiração, e inocente em uma acusação de lavagem de dinheiro.

Atilla e Reza Zarrab, comerciante de ouro turco-iraniano, e sete outras pessoas, incluindo o ex-ministro da economia da Turquia e ainda mais dois executivos do Halkbank, foram acusados de se envolverem em transações no valor de centenas de milhões de dólares para o governo do Irã e entidades iranianas de 2010 a 2015 em um esquema para evadir sanções dos EUA.

Apenas Zarrab e Atilla estão atualmente na custódia dos EUA depois de serem presos separadamente quando tentavam entrar nos Estados Unidos em 2016 e 2017, respectivamente.

Os promotores retrataram Atilla como um perito em sanções que projetou o complexo esquema e então mentiu às autoridades do Departamento do Tesouro dos EUA sobre isso. Ele mentiu novamente, argumentam eles, quanto depôs em sua própria defesa no julgamento, informou o The New York Times.

“Por que o Sr. Atilla contou essas mentiras?” disse Michael D. Lockard, um procurador federal, em uma argumentação de encerramento. “Para ajudar seu banco, para ajudar os clientes de seu banco – clientes como o Sr. Zarrab, clientes como o governo do Irã, o Banco Central do Irã, a empresa Petróleo Iraniano Nacional. Mentiras que ele contou para impedir que seu banco fosso posto na lista negra do sistema financeiro americano”.

Atilla negou que havia conspirado com Zarrab ou que estivera envolvido em qualquer outro delito.

Joon Kim, procurador federal americano em Manhattan, emitiu uma declaração depois que o veredito foi lido. “Hoje, após um julgamento completo, justo e aberto, um júri unânime condenou Hakan Atilla, um banqueiro sênior do Halkbank. Juntamente à confissão de culpa anterior de Reza Zarrab, os dois homens no coração desse esquema massivo e descarado que fez um buraco de um bilhão de dólares no esquema de sanções ao Irã agora se encontram condenados por crimes federais sérios. Bancos e banqueiros estrangeiros têm uma escolha: vocês podem escolher deliberadamente ajudar o Irã e outras nações sancionadas a evadirem a lei dos EUA, ou vocês podem escolher fazer parte da comunidade bancária internacional transacionando em dólares americanos. Mas vocês não podem fazem ambas as coisas”.

Zarrab fez uma delação premiada com os promotores e serviu como a testemunha chave no julgamento de Atilla.

O juiz Richard Berman havia negado dois pedidos de defesa por um julgamento anulado, escrevendo em sua última decisão que “Atilla recebeu um julgamento completamente justo e transparente”.

Zarrab testemunhou no tribunal federal de Nova Iorque no começo de dezembro que havia pagado propina ao ex- ministro da economia da Turquia, Mehmet Zafer Caglayan, em um esquema de um bilhão de dólares para contrabandear ouro por petróleo, em violação a sanções dos EUA sobre o Irã.

Zarrab disse que o então primeiro-ministro da Turquia e atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, autorizou pessoalmente o envolvimento de bancos turcos no esquema.

Zarrab também disse que fez pagamentos para assegurar sua soltura em fevereiro de 2014 e que esses pagamentos eram em parte propinas.

O governo turco confiscou os bens de Zarrab e seu parentes logo após seu depoimento no tribunal dos EUA.

Huseyin Korkmaz, um ex-policial de Istambul que depôs no julgamento de Atilla em Nova Iorque, chamou Erdogan de o alvo “Nº 1” em um grupo que também incluía Caglayan, e Suleyman Aslan, um ex-executivo chefe do Halkbank, um grande banco do estado turco que foi central ao esquema de quebra de sanções.

Registros da polícia das operações de 17 de dezembro mostram que Zarrab conversou pessoalmente com Erdogan em 13 de abril de 2013 e pediu por uma guarda policial oficial. Erdogan e seu Gabinete aprovaram isso imediatamente.

Uma ligação telefônica e um vídeo no arquivo de 17 de dezembro mostram que Zarrab em julho de 2013 enviou uma quantidade nas especificada de dinheiro à Fundação Serviço para a Juventude e Educação da Turquia (TURGEV), gerenciada por Bilal Erdogan, filho de Erdogan.

A Turquia emitiu mandatos de detenção para seis membros da família de Korkmaz logo após seu depoimento.

O presidente turco Erdogan disse em 29 de dezembro que Atilla não era culpado que pensava que o júri no tribunal de Nova Iorque decidiria do mesmo modo.

“A partir de hoje, penso que pode se ver que Hakan Atilla não é culpado. Penso que o júri também viu isso”, contou Erdogan aos jornalistas em seu avião enquanto retornava de uma volta pela África.

“Penso que os procedimentos envolvendo Hakan Atilla acabarão conforme os nosso banco [Halkbank] espera. A nossa expectativa é mesma”, acrescentou Erdogan.

O ministro da justiça da Turquia, Abdulhamit Gul, disse no começo de dezembro que o julgamento de Atilla carecia de uma base na lei.

“Quando você olha para o interrogatório e todas as fases do julgamento, por enquanto o caso entrou em colapso. Não tem validade legal”, contou Gul à emissora de TV Kanal 24.

O ministro turco alegou que tanto o promotor quanto o juiz estavam ligados Movimento Gulen (que é baseado na fé), declarado como um grande inimigo pelo Presidente Erdogan e acusado por ele de arquitetar o golpe fracassado em 2016.

Gul disse que se um crime é cometido na Turquia, ele deve ser julgado por tribunais turcos. “Os tribunais turcos já emitiram uma decisão sobre essa questão”, acrescentou ele.

Fonte: www.turkishminute.com

Related Articles

Mailer