Ministro turco diz que Ancara busca laços melhores com Berlim em 2018
O ministro das relações exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, disse na segunda-feira que o governo turco está procurando melhorar os laços com a Alemanha em 2018, depois que as relações se desgastaram em 2017, e exortou Berlim a parar de atacar o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Em uma conversa com a agência de notícias alemã DPA em uma uma entrevista na segunda-feira, Cavusoglu disse: “Os três primeiros trimestres de 2017 não foram muito bons, mas fizemos algum progresso desde então. Nós agora temos um bom diálogo, particularmente com o ministro das relações exteriores alemão, Sigmar Gabriel. Penso que ambos os lados estejam prontos para normalizarem as relações. Portanto estou esperando um ano muito melhor em 2018”.
Destacando que Ancara não vê qualquer crise em suas relações com Berlim, Cavusoglu acrescentou: “Mas a Alemanha tem um problema com a Turquia, e a Alemanha não perde uma oportunidade para atacar a Turquia. E existe uma tendência muito perigosa de se criticar a Turquia, uma tendência de se criticar Erdogan na Alemanha, o que não ajuda muito”.
As relações da Turquia com a Alemanha foram severamente desgastadas depois que Deniz Yucel, correspondente o Die Welt, for preso em fevereiro de 2017 por acusações de terrorismo e piorou ainda mais depois que as autoridades alemãs proibiram ministros turcos de fazerem discursos públicos na Alemanha antes do referendo de 16 de abril do ano passado, que aprovou uma legislação mas mudar a Turquia para um sistema presidencial executivo e expandiu os poderes do Presidente Erdogan.
No caso de Yucel, o ministro das relações exteriores turco negou as alegações que figuras turco-alemãs, tais como Yucel, estavam sendo mantidas como “reféns políticos”, dizendo que o governo turco pode apenas exortar o judiciário a acelerar o processo legal.
Apesar de mais de 10 meses terem se passado desde que Yucel foi preso, ainda não há um indiciamento contra ele.
Cavusoglu também acusou Berlim de ser um refúgio seguro para membros do Movimento Gulen, que é baseado na fé, que o governo turco acusa de estar por detrás do golpe fracassado em julho de 2016, e para o ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Cavusoglu disse que vai se reunir com seu colega alemão, Gabriel, em janeiro em sua cidade natal de Goslar.
Fonte: www.turkishminute.com