Erdogan diz que está do lado dos oprimidos do mundo
Ao mesmo tempo que continua um expurgo e caça às bruxas em massa contra seus oponentes, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse em uma mensagem para o Dia dos Direitos Humanos que continuará a apoiar os oprimidos e vítimas por todo o mundo, informou a agência de notícias estatal Anadolu.
“Vamos continuar a estar do lado de todas as pessoas oprimidas e vítimas, da Palestina à Síria, e da Ásia à África”, disse Erdogan em uma mensagem na ocasião do Dia dos Direitos Humanos em 10 de dezembro.
“Respeito por direitos humanos baseado nos princípios de igualdade e não-discriminação de indivíduos perante a lei é a natureza insubstituível da República da Turquia”, acrescentou ele.
A mensagem de Erdogan foi feita em um ambiente de opressão sem cessar contra seus oponentes, incluindo curdos e pessoas afiliadas ao Movimento Gulen, que é baseado na fé.
De acordo com estimativas publicadas pelo Ministério do Interior turco, um total de 5.747 pessoas foram detidas no período entre outubro e novembro por ligações com o Movimento.
O Movimento Gulen é acusado pelo governo turco de montar uma tentativa de golpe em julho de 2016, mas o Movimento nega fortemente qualquer envolvimento.
Enquanto ocorre uma caça às bruxas voltada ao Movimento Gulen, o ministro do interior turco, Suleyman Soylu, em 16 de novembro, disse que 48.739 haviam sido presas e oito propriedades e 1.020 empresas confiscadas como parte de operações contra o Movimento.
O Ministério da Justiça da Turquia anunciou em 13 de julho que 50.510 pessoas foram presas e que 169.013 estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.
De acordo com o Stockholm Center for Freedom (SCF) [Centro de Estocolmo pela Liberdade], 17.000 mulheres foram presas junto a cerca de 700 crianças por supostas ligações com o Movimento Gulen.
A Turquia suspendeu ou demitiu mais de 150.000 juízes, professores, policiais e funcionários públicos desde 15 de julho através de decretos do governo emitidos como parte de um estado de emergência que vem ocorrendo.
De acordo com um relatório publicado pela Associação dos Direitos Humanos (IHD) e a Fundação dos Direitos Humanos da Turquia (TIHV) no sábado, 2.278 pessoas foram torturadas e 11 sequestradas na Turquia durante os 11 primeiros meses de 2017.
As forças de segurança mataram 36 pessoas e feriram 12 em assassinatos extrajudiciais e ao atirarem arbitrariamente contra uma multidão sob o pretexto de que não obedeceram uma ordem para pararem durante o período entre janeiro e novembro.
Um total de 695 pessoas, incluindo 183 soldados, 460 militantes e 52 civis foram mortos e 310 feridos durante embates na Turquia.
Pelo menos 322 mulheres e 68 crianças morreram como um resultado de violência doméstica no país em 2017.
Até 1º de novembro, haviam 230.735 pessoas em prisões turcas, incluindo 1.037 com problemas de saúde. A população prisional estava no número de 178.089 em 2015 e 154.179 em 2014.
Fonte: www.turkishminute.com