General é primeiro torturado como golpista, então solto por resistir ao golpe
O Major General Cevat Yazgili, Chefe de Equipe das Forças Aéreas, foi primeiro preso e torturado por supostamente apoiar uma tentativa fracassada de golpe em 15 de julho de 2016, e então solto quando foi descoberto que ele resistiu aos golpistas na noite do golpe, informou o site de notícias tr724 hoje.
De acordo com o tr724, Sedat Ergin, colunista do jornal Hürriyet, escreveu na quarta-feira que o Comandante das Forças Aéreas, o General Abidin Ünal, enviou as gravações de câmeras de segurança de quartéis para o escritório do promotor quando ouviu que o Major General Yazgili havia sido detido e então solto.
Yazgili foi forçado a se aposentar depois da reunião do Supremo Conselho Militar (YAS) em 28 de julho de 2016 logo após a tentativa de golpe.
O General Ünal disse em seu testemunho que ordenou que Yazgili fosse ao Centro de Operações das Forças Aéreas e conseguisse o controle da situação arrombando a porta e retomando o Centro das mãos dos golpistas.
O oficial de serviço Hüseyin Ari, que estava de guarda no centro naquele dia, disse que Yazgili chegou com alguns sargentos especializado e tentou abrir a porta do Centro de Operações. De acordo com Ari, os sargentos atiraram na porta já que não conseguiram abri-la.
O Major Mustafa Aydin, que estava no centro de segurança, disse que Yazgili chegou lá e lhes contou: “Conversei com o comandante das Forças Aéreas. A tentativa de golpe é ilegal. Tudo isso está acontecendo fora do conhecimento das Forças Aéreas. Como o vice chefe de estado, eu estarei no comando. Nada será feito sem o meu conhecimento.”
Aydin disse que Yazgili tentou bloquear as comunicações no Centro de Operações das Forças Aéreas.
De acordo com a reportagem de Ergin, foi Yazgili que entregou os golpistas para as autoridades em 16 de julho de 2016; no entanto, ele foi espancado junto aos generais golpistas na dividão antiterrorismo da Delegacia de Ancara, com suas fotos divulgadas pela agência estatal de notícias Anadolu em 17 de julho de 2016.
Um total de 486 pessoas acusadas de participarem na tentativa de golpe estão passando por julgamento. Os suspeitos, que pensava-se terem recebido ordens da Base Aérea Akinci, estavam supostamente tramando assassinar o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na noite da tentativa de golpe.
De acordo com o governo turco, a Base Aérea Akinci, a noroeste de Ancara, serviu como o quartel general dos golpistas, e as ordens para bombardear o Parlamento e derrubar Erdogan foram enviadas de lá.
Enquanto que muitas perguntas sobre quem planejou a tentativa de golpe permanecem sem resposta, 50.510 foram presas, 169.013 estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe e mais de 150.000 juízes, professores, policiais e servidores públicos foram suspensos ou dispensados desde 15 de julho.
Fonte: www.turkishminute.com