Presidente do Quirguistão: Os que chamam os professores turcos de terroristas deveriam ver um médico
O presidente do Quirguistão, Almazbek Atambayev, disse que os que veem como terroristas os professores que trabalham nas instituições educacionais SAPAT, que são ligadas a Gulen, no país, precisam de tratamento e deveriam ver um médico.
Falando em uma coletiva de imprensa em Cholpon-Ata no começo desta semana, Atambayev se referiu a declarações do embaixador turco no Quirguistão, que acusou os professores nas escolas ligadas a Gulen de serem terroristas e disse que pessoas razoáveis não chamariam esses professores de terroristas.
“Por volta de 90-95 por cento dos professores que trabalham nessas escolas são do Quirguistão. Presumo que os professores nessas escolas sejam pessoas que amem a Gulen. Mas os que estão dizendo que professores são terroristas deveriam buscar tratamento para determinar se estão com uma boa saúde mental,” disse Atambayev.
De acordo com Atambayev, o governo turco está bravo com a administração do Quirguistão por recusar seu pedido para fechar escolas ligadas a Gulen no Quirguistão. Renovando sua insistência em manter as escolas abertas e em abrir mais escolas de qualidade como elas, Atambayev disse: “Vocês sabem que transformamos mais de 35 das escolas SAPAT em escolas do governo. O nome da instituição também foi mudado. Essas escolas são o nosso orgulho, isso é o que eu disse até agora, e estou dizendo novamente: Nós não vamos fechar as escolas. Pelo contrário, vamos abrir mais escolas.”
Depois de uma tentativa fracassada de golpe na Turquia em julho do ano passado, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, proibiu as 300 escolas do movimento no país, e aumentou a pressão nas suas cerca de 1.000 escolas no mundo todo, pois ele acusou o movimento de arquitetar o golpe.
Erdogan mediou acordos comerciais na África, Ásia e no Cáucaso em troca do controle de escolas ligadas a Gulen. Frequentemente as escolas eram depois fechadas.
No Paquistão, mas de 100 professores turcos foram colocados sob proteção nas Nações Unidas desde novembro, depois que as autoridades lhes ordenaram que fossem deportados segundo as exigências turcas de fechar suas escolas.
Dezessete famílias de funcionários de escolas ligadas a Gulen no Afeganistão cujos passaportes expiraram ou foram confiscados deram entraram com asilo junto à agência de refugiados das Nações Unidas.
Enquanto isso, Atambayev, que ficou doente enquanto viajava para Istambul, de onde ele deveria voar para Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro passado, foi a Moscou para receber tratamento porque lhe foi negado tratamento na Turquia por causa de uma ordem de Erdogan.
O deputado do Quirguistão, Omurbek Tekebayev, alegou no Parlamento do Quirguistão em outubro passado que o Presidente Erdogan impediu o fornecimento de tratamento médico a Atambayev porque ele se recusou a cooperar com Erdogan em sua caça às bruxas contra o Movimento Gulen.
Fonte: www.turkishminute.com