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‘General Akar disse que agiu prematuramente e que está desonrado’, diz piloto

‘General Akar disse que agiu prematuramente e que está desonrado’, diz piloto
agosto 01
11:24 2017

O ex Coronel Ugur Kapan, que pilotou para o Chefe de Estado Maior, o General Hulusi Akar, e o Major General Mehmet Disli, da Base Aérea Akinci para o Palácio Cankaya, durante o golpe fracassado no ano passado, insinuou no tribunal que o General Akar faz parte da tentativa de golpe em 15 de julho de 2016, informou a mídia turca.

“Akar disse: ‘Nós agimos prematuramente, deveríamos ter esperado. Estamos desonrados’,” disse Kapan durante uma audiência no 17º Superior Tribunal Criminal de Ancara, onde 155 suspeitos, incluindo três civis, estavam participando em relação com o que aconteceu no Comando de Aviação do Exército durante a tentativa de golpe.

Destacando que o Major General Disli, um dos principais suspeitos na tentativa de golpe, entrou no helicóptero com a permissão do General Akar, Kapan também disse que não haviam ferimentos ou sinais de uma suposta tortura causada pelos golpistas no pescoço de Disli quando ele embarcou na aeronave.

Dizendo que foi exposto a uma tortura pesada durante sua detenção na sede da polícia, Kapan também disse que seu depoimento anterior foi tomado sob tortura pela polícia e promotores. De acordo com isso, ele voltou atrás em seu depoimento em que disse ter visto Adil Oksuz, um dos principais suspeitos civis na tentativa de golpe, na Base Aérea Akinci.

Muitos militares voltaram atrás em seus depoimentos, dizendo que foram dados sob tortura e afirmando que haviam cumprido ordens vindas de quartéis militares.

A Turquia sobreviveu a uma tentativa de golpe militar, em 15 de julho de 2016, que matou 249 pessoas e feriu mais de mil outras. Imediatamente após a tentativa, o governo da Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan, colocaram a culpa no Movimento Gulen.

Fethullah Gulen, que inspirou o Movimento, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e pediu por uma investigação internacional sobre o caso, mas o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do Movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as em custódia.

O Ministério da Justiça da Turquia anunciou em 13 de julho que 50.510 pessoas foram presas e que 169.013 estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.

Em março, o Ministro da Defesa Isik disse que o governante governo do AKP havia dispensado um total de 22.920 militares (6.511 oficiais e 16.409 cadetes) após a tentativa de golpe em 15 de julho, apesar de que as forças armadas turcas declarou em 27 de julho que apenas 8.651 membros das forças armadas, incluindo cadetes e recrutas tiveram parte no golpe fracassado.

“Se foi um golpe perpetrado pelo Movimento Gulen, e 22.920 militares foram dispensados por suas conexões com o Movimento, conforme Erdogan e o governo afirmam, porque apenas 8.651 membros das forças armadas participaram do golpe?” é uma pergunta sendo feita pelos críticos.

Fonte: www.turkishminute.com

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