Tribunal pede ao Ministério da Justiça que arranque de Gulen a cidadania turca
Um tribunal criminal superior, na província de Adana que fica ao sul, deu entrada no Ministério da Justiça da Turquia exigindo a revogação da cidadania turca do erudito islâmico Fethullah Gulen, que é acusado pelo governo turco de instigar uma tentativa fracassada de golpe militar em 15 de julho de 2016.
Um total de 120 indivíduos, incluindo Gulen e alguns empresários, estão endo julgados no 11º Tribunal Criminal Superior de Adana por acusações de terrorismo. Eles estão enfrentando uma pena de prisão de 7,5 até 25 anos.
O tribunal pediu pela remoção da cidadania de Gulen, que tem residido nos EUA desde 1999, baseando-se em um decreto do governo emitido em janeiro.
De acordo com o decreto do governo nº 680, indivíduos que estiverem enfrentando uma investigação administrativa ou judicial ou processo por acusações de “crimes contra o governo”, “rebelião armada contra o governo”, “ataque armado e assassinato do presidente” ou “filiação a uma organização terrorista armada” serão intimados pelos promotores a testificarem. Se eles não puderem ser contactados e entende-se que estejam fora do país, o promotor público encaminhará o caso para o Ministério da Justiça dentro de um mês.
O Ministério da Justiça então emitirá uma notificação de “retorno para casa” na Gazeta Oficial para aqueles que estiverem fora do país. Se eles não responderem ao chamado dentro de três meses, sua cidadania será revogada por decisão do Gabinete sob uma proposta do Ministério da Justiça.
O tribunal de Adana exigiu a revogação da cidadania de Gulen sob a justificativa de que ele não apareceu no tribunal para testificar.
A tentativa de golpe em 15 de julho matou mais de 240 pessoas e feriu mais mil outras. Imediatamente após a tentativa de golpe, o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan colocaram a culpa no movimento Gulen.
Gulen, que inspirou o movimento Gulen, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e clamou por uma investigação internacional do golpe, mas o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as em custódia.
De acordo com uma declaração do Ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, em 6 de maio, 149.833 pessoas foram investigadas e 48.636 foram presas como parte de uma investigação focada no movimento Gulen desde a tentativa de golpe de 15 de julho na Turquia.
Fonte: www.turkishminute.com