Turquia recorre à crise de migração no meio das tensões com União Europeia
Omer Celik, o Ministro dos Assuntos Europeus turco, disse na segunda-feira que a Turquia deve reconsiderar parte de seu acordo para manter os migrantes fora da União Europeia pois as tensões continuam a aumentar devido a uma proibição contra ministros turcos que estão fazendo campanhas para expatriados em países europeus para o referendo que está chegando na Turquia de fazerem comícios nesses países da Europa.
Em uma conversa com a agência de notícias estatal Anadolu, Celik sinalizou que o governo turco pode tomar uma ação contra países da União Europeia que proibiram a entrada de ministros turcos ao ameaçar afrouxar as medidas de segurança em suas fronteiras com a Europa e deixar milhares de migrantes fluírem para o continente.
“Acredito que, o acordo dos migrantes com a União Europeia deva ser reconsiderado, especialmente o componente da passagem por terra”, disse Celik.
Uma crise eclodiu entre a Turquia e a Holanda quando Haia cancelou a autorização de voo para o avião do Ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu no sábado e expulsou a Ministra da Família e Política Social, Fatma Betul Sayan Kaya, do país. Os dois estavam indo realizar comícios para buscar apoio de expatriados turcos para um referendo que colocará a Turquia em uma presidência executiva.
No começo deste semana, a Alemanha, Áustria, Suíça e Dinamarca cancelaram vários comícios, que se planejava que tivessem a participação de ministros turcos.
O acordo entre a Turquia e a União Europeia assinado em 18 de março do ano passado define medidas para reduzir a pior crise de migração da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, incluindo pontos de controle aumentados na Turquia e o reenvio de migrantes que chegam à Grécia de volta para a Turquia.
Em troca, a Turquia está marcada para receber benefícios, inclusive viagens sem visto para seus cidadãos até a Europa, que no acordo foi prometida para “no mais tardar” até junho de 2016. A Turquia também deve receber até o fim de 2018 um total de 6 bilhões de euros em ajuda financeira por causa dos mais de 2,7 bilhões de refugiados sírios que está hospedando.
Logo em seguida de uma votação no Parlamento Europeu em favor de congelar as conversar de filiação com a Turquia em novembro passado, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também ameaçou abrir os portões da fronteira até a Europa para milhões de refugiados sírios.
Fonte: www.turkishminute.com