Erdogan deve realizar comícios em 40 províncias buscando apoio para a presidência executiva
O Presidente Recep Tayyip Erdogan realizará comícios em 40 províncias para buscar apoio público para os planos do governo de introduzir uma presidência executiva, que será levado a uma votação pública em abril, relatou o jornal Hurriyet no domingo.
Erdogan começará a realizar comícios no meio de fevereiro em províncias como Istambul, Ancara, Esmirna, Bursa, Antalya, Konya, Gaziantep, Adana, Samsun, Erzurum, Canakkale, Kocaeli, Diyarbakir, Yozgat e Van. Ele também aparecerá em programas de televisão para explicar as vantagens da introdução de uma presidência executiva e para acalmar as preocupações de alguns que temem que o sistema criará um regime autocrático de um homem só na Turquia.
Com apoio do Partido do Movimento Nacionalista (MHP), o governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) avançou com um pacote de reformas constitucionais que foram aprovadas recentemente pelo Parlamento e que abrirão caminho para uma troca do sistema parlamentar de governança para uma presidência executiva na Turquia.
De acordo com a constituição turca, um referendo deve ser realizado no primeiro domingo que caia 60 dias depois que uma notificação é publicada na Gazeta Oficial, seguindo a aprovação do presidente de emendas constitucionais.
Tem havido forte oposição às emendas constitucionais por temores de um regime autocrático na Turquia pois elas dão poderes estendidos ao presidente, e o Parlamento recentemente foi a cena de altercações entre deputados do AKP e da principal oposição, o Partido Popular Republicano (CHP).
Durante debates sobre artigos do pacote nas últimas duas semanas, as deliberações sobre as emendas propostas cederam espaço para socos e pontapés entre parlamentares, pois o pacote de emendas constitucionais, que expande o poder do presidente significantemente e traz um sistema presidencial executivo ao país, é altamente controverso.
Com as mudanças propostas enviadas ao Parlamento pelo governante AKP e o pelo MHP, o presidente também será investido com o poder de dissolver o Parlamento.
O cargo de Erdogan é em sua maior parte cerimonial no momento; contudo, ele vem atuando como um presidente executivo desde sua eleição ao cargo estatal mais alto em agosto de 2014. Erdogan quer uma presidência executiva “estilo turco” sem fiscalização ou contrapesos, uma que tenho o objetivo de criar um regime autocrático.
Fonte: www.turkishminute.com