Turquia mergulha do 66º lugar para o 75º no Índice de Percepções de Corrupção de 2016 da TI
A vigilante global Transparency International [Transparência Internacional] (TI) publicou seu Índice de Percepções de Corrupção de 2016 na quarta-feira, onde a Turquia mergulhou da 66ª de um ano atrás para a 75ª posição entre 176 países.
De acordo com o relatório da TI, a pontuação da Turquia caiu de 42 para 41 conforme 69% dos 176 países pontuaram abaixo de 50 na escala do índice de 0 a 100, com 0 sendo visto como altamente corrupto e 100 considerado “muito limpo”.
Destacando que o aumento de políticos populistas em 2016 possui fortes raízes nos crescentes níveis de corrupção percebida e desigualdade social, a TI disse que mais países caíram no índice do que melhoraram em 2016 pois o relatório mostrou uma corrupção do setor público disseminada por todo o mundo.
Conversando com a Associated Press sobre o relatório, o chefe de pesquisa da TI, Finn Heinrich, disse que países governados por líderes populistas autocráticos como a Turquia pareceram quase “imunes aos desafios sobre o comportamento corrupto”.
A TI disse que os países com líderes populistas ou autocráticos, “em vez de combaterem o capitalismo de conivência entre amigos, esses líderes normalmente instalam formas ainda piores de sistemas corruptos”.
Citando a Hungria e a Turquia como exemplos, a TI disse que suas pontuações pioraram nos últimos anos sob líderes com tendências autoritárias, enquanto que a Argentina, que expulsou um governo populista, melhorou na classificação.
Heinrich também observou que líderes populistas como o presidente americano Donald Trump e a candidata presidencial francesa Marine Le Pen regularmente estabelecem ligações ente uma “elite corrupta” e a marginalização do povo trabalhador, contudo partidos antiestabelecimento geralmente falharam em enfrentar a corrupção depois que assumiram o cargo.
De acordo com o relatório anual, o Catar mostrou a maior queda da confiança em 2016 depois de escândalos envolvendo a FIFA e relatórios sobre abusos dos direitos humanos. O Catar se classificou em 31º na lista sendo que estava em 22º em 2015.
Enquanto que a Dinamarca e a Nova Zelândia se saíram melhor em 2016, com pontuações de 90, seguidas de perto pela Finlândia (89) e a Suécia (88), a Somália permaneceu como o país que se saiu pior com uma pontuação de 10, seguida pelo Sudão do Sul (11), Coreia do Norte (12) e Síria (13). Os Estados Unidos se classificaram em 18º na lista, caindo do 16º lugar, em 2016, com uma pontuação de corrupção percebida de 74.
Fonte: www.turkishminute.com