Erdogan diz que não revelou tudo que sabe sobre o movimento Gulen
Enquanto que 37.000 pessoas na Turquia foram presas sob acusações de golpe e por serem supostamente simpatizantes do movimento Gulen logo após um golpe fracassado em 15 de julho, o Presidente Recep Tayyip Erdogan, que tem posto o movimento como responsável pelo golpe desde o primeiro dia, disse que não revelou tudo que sabe sobre o movimento.
Em uma conversa com um grupo de educadores em seu palácio em 24 de novembro, o Dia dos Professores, Erdogan disse que um dia escreveria um livro sobre as investigações da “Organização Terrorista de Fethullah Gulen [FETO]” que foram iniciadas após o golpe.
Como parte das investigações que continuam, mais de 115.000 pessoas foram dispensadas de posições no governo, efetivamente arruinando as vidas de muitos e impactando sobre mais de um milhão de pessoas de acordo com as estimativas da principal oposição
Chamando os simpatizantes do movimento Gulen de “terroristas” e rotulando o movimento de “FETO”, Erdogan admitiu irregularidades e expurgos ilegais, dizendo que já que os simpatizantes de Gulen tentam se esconder entre a população, pessoas inocentes poderiam também ser afetadas. Mas ele acrescentou que não quer que os inocentes sejam prejudicados pelas prisões e demissões.
Apesar de admitir expurgos ilegais, Erdogan acrescentou: “Eu não vou dizer agora o que sei, mas quando a hora certa chegar, eu posso escrever um livro porque não se pode dizer tudo que sabe o tempo todo”.
Como parte do maior expurgo da Turquia, 145 jornalistas estão entre os 37.000 presos. Um total de 3.843 juízes e promotores foram dispensados enquanto que 6.337 acadêmicos perderam seus empregos sob acusações de ligações terroristas.
Fonte: www.turkishminute.com