Erdogan diz que a Bélgica é um centro para militantes do PKK e golpistas
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, na quarta-feira, acusou a Bélgica de ser um centro importante para os apoiadores tanto do ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e do erudito islâmico tuco Fethullah Gulen, que é acusado por Ancara de orquestrar uma tentativa de golpe fracassada em 15 de julho.
A Turquia sobreviveu a uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que matou mais de 240 pessoas e feriu outras mil. Imediatamente após a tentativa, o governo juntamente ao Presidente Erdogan colocaram a culpa no movimento Gulen
Apesar de Gulen, cujas opiniões inspiraram o movimento, e o movimento terem negado a acusação, Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo lançaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-os sub custódia.
Mais de 110.000 pessoas foram expurgadas dos órgãos estatais, mais 80.000 detidas e mais de 36.000 foram presas desde a tentativa de golpe. Entre os presos estão jornalistas, juízes, promotores, policiais, militares, acadêmicos, governadores e até um comediante. Críticos argumentam que as listas de simpatizantes de Gulen foram feitas antes da tentativa de golpe.
Erdogan, em uma conversa com repórteres em Ancara antes de partir para uma visita oficial ao Paquistão, também disse mostrou às autoridades alemãs provas documentais que uma organização na Alemanha estava coletando dinheiro para os militantes do PKK.
O PKK, que tem realizado uma insurgência armada já por três décadas no sudeste de maioria curda da Turquia, é considerado um grupo terrorista pela Europa, Estados Unidos e Turquia. Ancara diz que seus aliados ocidentais não estão fazendo o suficiente para combater o grupo.
O Presidente Erdogan em declarações recentes também acusou a Alemanha de apoiar o terrorismo depois que autoridades alemãs sugeriram que Berlim pode não extraditar suspeitos procurados pela Turquia pela tentativa fracassada de golpe em julho, se ela considera os casos como sendo politicamente motivados. Erdogan também acusou Berlim de não conseguir apertar o cerco nos militantes do PKK supostamente operando na Alemanha.
Fonte: www.turkishminute.com