Stoltenberg: Tentativa de golpe fracassada na Turquia criou uma lacuna no braço armado da OTAN
O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a tentativa de golpe fracassada na Turquia em 15 de julho criou lacunas nos quadros da aliança pois a Turquia demitiu milhares de militares por envolvimento na tentativa de golpe.
“Ocorreram mudanças [feitas pela Turquia] entre os soldados turcos nos quartéis da OTAN. Não tenho dúvidas de que a Turquia continuará a enviar pessoal militar à OTAN. Estamos em diálogo próximo com a Turquia nesse assunto”, disse Stoltenberg.
No final de setembro, a Turquia ordenou a 41 militares de um total de 50, que estavam trabalhando na sede da OTAN em Bruxelas, que retornassem à Turquia.
A Turquia sobreviveu a uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que matou mais de 240 pessoas e feriu mais de outras mil.
Enquanto que mais de mil soldados foram presos logo em seguida da tentativa de golpe, mais de 4.618 militares, incluindo 151 generais e almirantes foram dispensados de seus postos por ligações com o movimento Gulen, em quem o partido governante da Turquia e o Presidente Erdogan imediatamente colocaram a culpa pelo golpe fracassado, sem nenhuma prova ou sequer alguma evidência.
O erudito islâmico turco Fethullah Gulen, que inspirou o movimento, clamou por uma investigação internacional sobre a tentativa de golpe, mas o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando elas sob custódia.
Mais de 100.000 pessoas foram expurgadas dos órgãos estatais, quase 43.000 detidos e 32.000 presos desde a tentativa de golpe. Entre os presos estão jornalistas, juízes, promotores, policiais, militares, acadêmicos, governadores e até um comediante.
Críticos alegam que listas de simpatizantes de Gulen foram elaboradas anteriormente à tentativa de golpe.
Fonte: www.turkishminute.com