Jornalista quer que ataquem a casa de Gülen com drones
Alper Tan, diretor-geral do canal de televisão A Haber, disse que o governo turco tem o direito de atacar a casa do erudito islâmico turco Fethullah Gülen – que é acusado pelos principais funcionários do governo de estar por detrás da tentativa de golpe de sexta-feira – nos EUA com drones.
“Se Fethullah Gülen representa uma ameaça ao estado e governo turcos, a Turquia tem o direito de atacar Gülen com drones na Pensilvânia”, Tan disse na sua conta do Twitter na terça-feira.
O Presidente Recep Tayyip Erdogan e o Primeiro-Ministro Binali Yildirim acusaram o movimento Gülen, uma iniciativa social de base inspirada pelo erudito islâmico turco Fethullah Gülen, de estar por detrás da tentativa de golpe militar de sexta-feira que matou mais de 200 pessoas.
Contudo, relatórios dizem que o movimento Gülen não parece ter essa enorme influência sobre os militares turcos, que são conhecidos por suas raízes kemalistas que são contra o movimento Gülen. Os soldados rebeldes que tentaram montar um golpe se chamaram de “Conselha da Paz em Casa”, em uma declaração que forçaram ser transmitida pela emissora estatal TRT na noite de sexta-feira. “Paz em casa, paz no mundo” é uma citação famosa de Mustafa Kamal Ataturk, o fundador da República da Turquia.
O movimento Gülen, também conhecido como o movimento Hizmet, realiza atividades de caridade por todo o mundo, incluindo educação, distribuir ajuda humanitária e fornecer água potável especialmente em países africanos.
Desde que um enorme escândalo de corrupção que envolveu os então ministros do Gabinete eclodiu em 17 de dezembro de 2013, Erdogan e o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) alegaram que a investigação de corrupção foi uma “tentativa de golpe” contra seu governo e acusou o movimento Gülen de estar por detrás disso tudo. Os filhos dos ministros, empresários bem conhecidos, um prefeito, um diretor de um banco estatal e muitas figuras de alto escalão, que foram presos como parte da investigação, foram soltos e os promotores que iniciaram o caso foram posteriormente presos como resultado de uma interferência política. Contudo, quatro ministros do Gabinete foram forçados a renunciar.
Esse importante caso de corrupção foi encerrado por outros promotores que substituíram eles, com todas as acusações contra os políticos e empresários sendo retiradas. Uma investigação parlamentar contra os quatro ministros também foi retirada com voto do AKP. A investigação de corrupção tinha envolvido o então Primeiro-Ministro Erdogan, membros de sua família e importantes figuras do AKP.
Fonte: www.turkishminute.com