Erdogan deve se encontrar com Putin em agosto
O Presidente Recep Tayyip Erdogan contou à mídia na sexta-feira que provavelmente se encontrará com o líder russo Vladimir Putin no final deste mês ou em agosto, uma jogada que vem em seguida do pedido de desculpas da Turquia à Rússia na semana passada devido ao abatimento de um jato de guerra russo em 2015.
Erdogan falou com a imprensa no Aeroporto Ataturk de Istambul antes de sua viagem à capital polonesa de Varsóvia. Em resposta a uma pergunta de um repórter, Erdogan disse que o Ministro do Interior tem trabalhado com sua contrapartida russa para marcar uma data para o encontro entre ele e o presidente russo. Erdogan disse também que não existe um encontro marcado ainda, contudo, essa reunião será anunciada publicamente quando a data for marcada.
Após essa declaração, Erdogan voou para Varsóvia para a cúpula da OTAN marcada para 8 e 9 de julho. O presidente estava companhado pela Primeira Dama Emine Erdogan, o Ministro do Interior Mevlut Cavusoglu e o Ministro da Defesa Fikri Isik.
As relações entre a Rússia e a Turquia estavam tensas desde 24 de novembro de 2015, quando um caça russo foi abatido por uma aeronave militar turca perto da fronteira turca com a Síria. A Rússia impôs várias sanções sobre a Turquia em resposta ao incidente. Na semana passada, Erdogan se desculpou com Putin em uma carta.
Logo após o abatimento do avião de guerra russo, duas declarações oficiais contraditórias vieram dos dois países. De acordo com Putin, o Su-24 foi atingido por mísseis ar-ar disparados por F-16s turcos ao sobrevoar território sírio. Contudo, o governo turco alegou que o avião russo violou o espaço aéreo turco e que foi atacado depois de ser advertido.
O piloto do avião russo abatido foi morto a tiros conforme descia com paraquedas depois de sobreviver ao acidente. O piloto foi mais tarde identificado como o Tenente Coronel Oleg Peshkov pelas autoridades russas.
Alparslan Celik, um ultranacionalista turco, alegou que seu grupo matou o piloto russo. Celik estava supostamente lutando nas fileiras de grupos Turcomenos na Síria.
Em dezembro de 2015, Moscou exigiu a prisão de Celik e sua extradição para a Rússia. Um tribunal turco na província do oeste de Izmir decidiu pela prisão de Celik no final de março. O tribunal turco retirou as acusações contra Celik em 10 de maio.
Outra investigação criminal foi posteriormente lançada contra Celik sob acusações de “possuir armas de guerra”, contudo, ele foi solto para esperar julgamento junto com seis outros na segunda-feira com uma proibição de viagem para o exterior.
Fonte: www.turkishminute.com