ONG turca diz que recebeu reclamações de 26 prisões sobre o coronavírus
A Associação da Sociedade Civil para o Departamento de Correções (CISST) afirmou que de 20 a 24 de março recebeu reclamações de 26 prisões relacionadas ao COVID-19, causadas pelo novo coronavírus, segundo o site de notícias Diken.
A Turquia não confirmou nenhum caso em instituições correcionais, e o ministro da Justiça Abdülhamit Gül disse na semana passada que ninguém na prisão foi diagnosticado como positivo.
Enquanto Gül insistia que o governo está “cuidando muito bem do bem-estar dos reclusos”, os prisioneiros que escreveram ao CISST reclamaram da superlotação nos blocos de celas e da incapacidade de se observar o distanciamento social.
Além disso, os presos precisam se reunir em grande número em áreas compartilhadas, como refeitórios, segundo as queixas.
Algumas prisões carecem de materiais de desinfecção e máscaras para guardas. Os reclusos também não recebem máscaras ou luvas.
O material de limpeza e o detergente são vendidos nas cantinas e não são fornecidos sem custo, o que deixa privados de material de limpeza os que possuem meios financeiros limitados.
Outra questão levantada é a disponibilidade de água, da qual os presos frequentemente enfrentam cortes.
Nenhuma medida foi tomada para pessoas de grupos de alto risco que continuaram sendo mantidas no mesmo bloco de células que retornavam de ausências justificadas nas prisões.
Os presos também destacaram a falta de exames médicos. Eles disseram que apenas temperaturas estão sendo tomadas; no entanto, mesmo aqueles com febre de 38,5 graus Celsius não são testados para o COVID-19.
Fonte: Turkish NGO says it received coronavirus-related complaints from 26 prisons