400.000 pessoas deslocadas do sudeste da Turquia em operações militares de 2015-2016
Um novo relatório revelou que cerca de 400.000 pessoas foram deslocadas de cidades predominantemente curdas durante operações militares turcas em 2015 e 2016 contra um grupo terrorista curdo no sudeste do país, informou o site de notícias Bianet.
As autoridades locais tinham declarado longos toques de recolher que complicaram a vida diária durante esse período.
Como resultado das operações militares, grande parte das áreas residenciais nas cidades de Şırnak, Cizre, Silopi, Ídil, Mardin, Nusaybin, Hakkari, Yüksekova e Diyarbakır foram destruídas e centenas de civis morreram como resultado dos confrontos.
O relatório, elaborado pela filial de Diyarbakır da União Turca de Câmaras de Engenheiros e Arquitetos (TMMOB), também indicou que a população remanescente nessas cidades ficou mais pobre porque alguns deles perderam suas casas e propriedades.
Segundo o relatório, a população de Cizre, onde o último toque de recolher durou 79 dias, caiu para quase 20.000, já que 110.000 pessoas foram deslocadas devido a atividades militares.
Em um toque de recolher de 43 dias no distrito de İdil, no sudeste, 80% da população migrou e dezenas de civis morreram, segundo o relatório.
Seis bairros foram completamente destruídos no distrito de Diyarbakir, no Sur, indicou o relatório, acrescentando que o mais recente toque de recolher imposto pelo governador local ainda está em vigor.
Depois de interromper as negociações de paz com o grupo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em 2015, os militares turcos lançaram uma operação militar em larga escala nas províncias do sudeste, onde o PKK vem realizando uma insurgência há décadas.
