Exército de Erdogan no Twitter pede ao governo que mate todos os simpatizantes de Gulen na cadeia
Um troll do Twitter pró-Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) convocou o governo a fazer planos para o massacre de todos os simpatizantes de Gulen que estejam atualmente atrás das grades na possibilidade de uma segunda tentativa de golpe no país.
Respondendo a uma alegação pronunciada pelo coronel aposentado Atilla Ugur no jornal Yeni Safak no domingo sugerindo que a Turquia deveria se preparar para uma segunda tentativa de golpe em novembro realizada por simpatizantes de Fethullah Gulen, um erudito islâmico turco radicado nos EUA, um troll do Twitter chamado Ahmet Ustun (@ustunn_ahmet) postou uma série de mensagens no Twitter a partir de sua conta no domingo em que ele convocava o governo a matar todos os simpaptizantes de Gulen que atualmente estejam na cadeia.
A Turquia passou por uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que matou mais de 240 pessoas e que feriu outras mil. Imediatamente após o golpe, o governo do AKP juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan colocaram a culpa no movimento Gulen apesar da falta de qualquer evidência para esse fim.
“Todas as medidas necessárias devem ser tomadas para a execução imadiata de todos os membros da FETO na cadeia na possibilidade de uma segunda tentativa de golpe. Não deve existir algum outro detento nas prisões onde os membros da FETO estão presos. Times especiais de execução devem ser empregados nesses lugares. A FETO e seus membros encarceirados devem saber que apenas corpos de membros da FETO que fazem planos de fuga podem ser retirados da cadeia”
Deve-se retirar as armas dos guardas penitenciários, membros da FETO incluindo militares, policiais, promotores e juízes devem ser coletados a cada uma ou duas pessoas. POH [unidades policiais especiais] devem operar com a autoridade de matar 24 horas por dia”, escreveu Ustun em uma série de tweets.
Ustun também ameaçou usuários do Twitter que reagiam adversamente aos seus tweets e convocou promotores a tomarem ação contra ele.
Apesar de o movimento Gulen negar fortemente ter qualquer papel no golpe, o governo acusa ele de ter arquitetado e chefiado o golpe frustrado apesar da falta de qualquer evidência tangível.
O erudito islâmico turco convocou uma investigação internacional sobre a tentativa de golpe, mas o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes domovimento das instituições estatais, desumanizando suas figuras públicas e colocando eles sob costódia.
Mais de 100.000 pessoas foram expurgadas dos órgãos estatais, quase 43.000 detidos e 24.000 presos desde a tentativa de golpe. Presos incluíam jornalistas, juízes, promotores, policiais, militares, acadêmicos, governadores e até uma comediante.
Conhecido por sua posição anti-americana Ustun também disse ao Presidente Erdogan em uma mensagem no Twitter em 2015 que estava pronto para realizar um ataque suicida na Embaixada Americana em Ancara conforme o presidente ordenasse.
Enquanto isso, Fatih Tezcan, um jornalista pró-Erdogan com 435.000 seguidores, alegou em uma análise recente que o movimento Gulen transferiu milhares de membros de Chipre, Iraque e Síria para a Turquia em coloboração com a CIA e que preparou outra tentativa de golpe que vai acabar em uma guerra interna, seguida por uma internvenção da OTAN. Tezcan ainda disse em seus tweets que não mostrariam misericórdia no caso de uma segunda tentativa.
Conspirações anti-Movimento Gulen e anti-Ocidente que começaram a serem imfladas logo após à erupção de um escândalo de corrupção no final de 2013 em que importantes membros do governo foram envolvidos foram revividas após a tentativa de golpe de 15 julho.
O vice primeiro ministro da Turquia, Nurettin Canikli argumentou no domingo que o movimento Gulen poderia ter desempenhado um papel no rebaixamento da Moody’s da classificação de crédito soberano do país para a nota de não-investimento, alcançando novas máximas em responsabilizar o movimento por cada problema que a Turquia passe.
Fonte: www.turkishminute.com