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  • CEDH ordena à Turquia pagar indenizações às vítimas dos expurgos pós-golpe A CEDH condenou a Turquia a pagar 2,34 milhões de euros em indenizações a 468 indivíduos detidos ilegalmente após a tentativa de golpe de 2016, elevando o total devido em casos similares para 10,76 milhões de euros. As detenções, baseadas em acusações de afiliação ao movimento Hizmet (inspirado por Fethullah Gülen e rotulado como terrorista pelo governo de Erdoğan), foram consideradas ilegais devido à falta de "suspeita razoável", violando o Artigo 5 § 1 da CEDH. A CEDH criticou o uso de evidências frágeis, como o uso do aplicativo ByLock, contas no Banco Asya e posse de notas de um dólar específicas, para justificar as prisões. A decisão insere-se num contexto mais amplo de repressão pós-golpe na Turquia, com mais de 130.000 funcionários públicos demitidos e uma queda significativa no índice de Estado de Direito do país, refletindo a preocupação internacional com as violações de direitos humanos e a deterioração da democracia turca....
  • Jornalistas estão entre dezenas de detidos durante protestos devido à remoção de prefeitos curdos Durante o segundo dia de manifestações, desencadeadas pela destituição de três prefeitos curdos no sudeste da Turquia, uma região de maioria curda, a polícia deteve várias pessoas, entre elas dois jornalistas....
  • Na Ásia Central, Erdoğan pede laços mais fortes com estados turcos Na última quarta-feira, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan defendeu o estreitamento das relações com os estados turcos pós-soviéticos durante uma cúpula na Ásia Central. A iniciativa ocorre em um momento em que Ancara busca ampliar sua influência na região, em meio à concorrência com a Rússia e a China, conforme reportado pela Agence France-Presse....
  • Turquia: Proposta de lei de ‘agentes de influência’ é um ataque à sociedade civil e deve ser rejeitada Mais de 80 organizações apelaram ao parlamento turco para rejeitar a emenda proposta à legislação de espionagem do país. Se aprovada, a emenda poderia comprometer gravemente a liberdade de operação das organizações da sociedade civil na Turquia. A votação no parlamento está iminente, e várias outras entidades emitiram declarações análogas, instando os legisladores a descartarem a medida....
  • Relação EUA-Turquia dificilmente será revitalizada com eleição americana Especialistas indicam que o desfecho da acirrada eleição presidencial dos EUA na terça-feira deve ter um impacto limitado nas já tênues relações entre Washington e Ancara, embora a interação entre os presidentes possa ser um fator de influência....
  • Financiador do ISIS obtém cidadania turca, administra locadora de veículos e envia terroristas para a Europa Documentos secretos revelados pelo Nordic Monitor mostram que um financiador do ISIS no Iraque e na Síria, responsável também por enviar operativos para a Grécia e outros países europeus, montou uma empresa de aluguel de carros em Istambul e conseguiu a cidadania turca....
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  • Turquia relata “ataque terrorista” contra empresa aeroespacial, deixando pelo menos 5 mortos e 22 feridos Na quarta-feira, um ataque armado foi realizado contra a sede da Turkish Aerospace Industries, uma importante companhia de defesa e aviação turca localizada perto da capital, Ancara, resultando na morte de pelo menos cinco indivíduos e ferimentos em outros 22. As autoridades da Turquia definiram o incidente como um "ataque terrorista"....
  • O malabarismo da Turquia nos BRICS Durante a Cúpula dos BRICS em Kazan, Rússia, esta semana, a Turquia emergiu como um novo membro participante. Revelações de um oficial do Kremlin no mês passado indicaram que Ancara havia feito um pedido formal para se juntar ao grupo, seguindo demonstrações de interesse ao longo dos anos. Um representante do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), liderado pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan, confirmou que "um processo está em curso"....

Erdogan revoga licenças de 21 mil professores

Erdogan revoga licenças de 21 mil professores
julho 20
12:12 2016

Governo de Recep Tayyip Erdogan revoga licenças de 21 mil professores de escolas, demite decanos de universidades e “limpa” ministério

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, parece determinado a levar até as últimas consequências a purga após a tentativa de golpe. Depois de prender 6 mil militares, demitir 9 mil policiais e suspender 3 mil juízes, o governo anunciou a renúncia de 1.577 decanos de universidades, o afastamento temporário de 15.200 funcionários do Ministério da Educação e a revogação da licença de 21 mil professores de escolas particulares. “Nosso ministério está realizando esforços extensivos, dirigidos aos funcionários públicos nos distritos centrais e rurais que tenham conexões com Fetö.

A partir de hoje, 15.200 servidores públicos foram suspensos, e investigações foram lançadas sobre eles”, declarou o ministério, por meio de comunicado publicado nas redes sociais. Em quatro dias, mais de 50 mil pessoas foram alvos de punições. O vice-premiê Numas Kurtulmus confirmou que 9.322 militares, magistrados e policiais são alvos de procedimentos judiciais.

“Vamos bani-los de tal forma que (…) nenhum outro traidor, nenhuma organização terrorista clandestina ou grupo terrorista separatista terá a audácia de trair a Turquia”, declarou o primeiro-ministro, Binali Yildirim, em alusão ao Movimento Hizmet, do opositor exilado Fethullah Gulen (leia a entrevista). Mais cedo, em pronunciamento no parlamento, Yildirim tinha descartado um “espírito de vingança”. “Uma coisa assim é absolutamente inaceitável no Estado de direito. (…) Esta nação tira sua força do povo, não dos tanques”, frisou. Kurtulmus chegou a afirmar que não existe diferença entre os gulenistas integrantes das Forças Armadas — como chama os golpistas — e os jihadistas do Estado Islâmico. “Mas não atuaremos como este grupo. Faremos tudo dentro dos limites da lei”, prometeu.

Apoio
O presidente norte-americano, Barack Obama, falou ontem com Erdogan por telefone e ofereceu ajuda nas investigações. Ancara garante ter repassado a Washington evidências sobre o envolvimento de Gulen no movimento golpista. Durante a conversa, Obama defendeu que a apuração dos fatos contemple métodos que “fortaleçam a confiança do povo nas instituições democráticas e preservem o Estado de direito”.Em entrevista ao Correio, Mustafa Goktepe, presidente da organização não governamental Centro Cultural Brasil-Turquia (CCBT) — inspirada no Movimento Hizmet — vê as recentes decisões de Erdogan como uma “perseguição que podemos chamar de Holocausto”. “É uma ação generalizada, que começou muito antes. Tudo indica que havia um fichamento há tempos. É impossível listar mais de 50 mil pessoas em dois ou três dias”, disse.De acordo com o jornal Hurriyet, Erdogan se reunirá hoje com o gabinete e com o Conselho de Segurança Nacional, antes de divulgar uma “importante decisão”. Rumores se espalharam pelas redes sociais dando conta de que o líder turco deve anunciar a realização de referendo sobre a chamada “presidência executiva” e sobre a restauração da pena de morte.“Eu acho que o golpe ainda não acabou. Ninguém sabe o que Erdogan quer, mas ele está com medo”, afirmou ao Correio um engenheiro de 33 anos, morador de Istambul, sob condição de anonimato. “Não direi meu nome, porque Erdogan é como Hitler. Alguém poderia me matar. Eu apenas quero viver livre, como todas as pessoas. Quando Erdogan partir, isso será possível”, acrescentou. Também ontem, as autoridades removeram as concessões das redes de televisão e de rádio aliadas a Gulen.

Fonte : http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/07/20/interna_mundo,540932/punicoes-por-tentativa-de-golpe-na-turquia-afetaram-mais-de-50-mil-cid.shtml

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