Mais de vinte veículos de comunicação são bloqueados pelo governo na Turquia
Mais de vinte jornais e portais turcos foram bloqueados pelo governo no país desde o último sábado (16/7), um dia após a tentativa de golpe no país. O diário turco Yarina Bakis, um dos poucos veículos independentes ainda veiculados na Turquia, suspendeu sua impressão por dificuldades econômicas. Agora, a publicação será apenas digital.
À IMPRENSA, o jornalista Kamil Ergin, do portal Voz da Turquia, informou que alguns gráficos se negaram a publicar os veículos por medo. Ele também acredita que o Yarina cancelou a versão impressa por temer ações do governo.
Com o caos no país, o Centro Cultural Brasil-Turquia (CCBT) criou uma mesa de crise, com uma equipe de 15 pessoas, para atender às demandas da imprensa brasileira. “Ficamos surpresos com o que aconteceu. A imprensa começou a acompanhar e buscar fontes confiáveis. Ainda há muitos pedidos de entrevistas e procura por informações”, relatou.
De acordo com Ergin, há um fluxo forte de informação vindo da Turquia com muitas especulações. O grupo, então, publica apenas dados verificados no portal Voz da Turquia (em português) e nas redes sociais do portal.Para ele, é difícil descrever o que está acontecendo no país. Enquanto a mídia local, controlada pelo governo, não noticia a violação de direitos humanos, a imprensa internacional foca nos fatos e no quanto eles afetam a sociedade civil.