Navios da marinha turca irão evacuar turcos que solicitaram sair do Líbano por via marítima na quarta-feira, informou o Ministério das Relações Exteriores da Turquia na terça-feira.
Oriente Médio
A Turquia apoia os palestinos e critica Israel, mas mantém relações distantes com o Irã. Portanto, a participação militar turca no crescente conflito regional é improvável, segundo especialistas.
A Turquia acusou Israel, nesta quinta-feira, de tentar expandir a guerra em Gaza para o Líbano com a “alarmante” onda de explosões mortais que atingiu redutos do Hezbollah.
A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a República Árabe da Síria divulgou um relatório implicando a Turquia em uma série de violações de direitos humanos no norte da Síria entre janeiro e junho de 2024.
Em um funeral na Turquia, a família da ativista turco-americana Aysenur Ezgi Eygi, morta por tiros israelenses na Cisjordânia, lamentou sua perda, enquanto críticos apontam o fracasso dos EUA em pressionar Israel por sua morte. Eygi, uma defensora apaixonada da causa palestina, foi sepultada em meio a manifestações pró-palestinas, com a ausência notável de autoridades americanas. A Turquia denunciou Israel e seus apoiadores, enquanto o governo dos EUA enfrenta críticas de familiares por sua resposta ao incidente.
A recente reaproximação entre Egito e Turquia está sendo desafiada pela crise política na Líbia, centrada no controle das riquezas petrolíferas do país. A destituição do governador do banco central líbio, Sadiq al-Kabir, que se exilou na Turquia, criou um impasse que ameaça o funcionamento econômico do país. Apesar dos acordos comerciais assinados por Sisi e Erdoğan, os países discordam sobre a política na Líbia: enquanto a Turquia apoia o governo de Trípoli, o Egito apoia Khalifa Haftar, no leste. A crise sobre a gestão das reservas petrolíferas e a estabilidade política da Líbia se tornou um teste crítico para esta nova aliança entre Egito e Turquia, com potenciais implicações na segurança regional e na migração. A comunidade internacional, preocupada com a estabilidade na Líbia, pressiona por uma solução consensual para evitar um colapso econômico e político.
Um esquema de fraude envolvendo a família do presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o petróleo russo foi exposto, levando à ira do presidente russo Vladimir Putin. A trama, que teria movimentado centenas de milhões de dólares, utilizava uma empresa fachada na Turquia, Mostrade, para comercializar petróleo russo sancionado. Mustafa Yiğit Zeren, ligado à família Erdogan, desempenhou um papel central no esquema, que envolveu desvio de lucros e a criação de empresas de fachada para movimentar bilhões. A resposta russa incluiu processos judiciais e até ações extremas para recuperar o valor fraudado. Com o cerco se fechando, Zeren desapareceu, temendo represálias. Esta fraude abalou as relações entre Rússia e Turquia, mostrando a gravidade das sanções e a resposta russa a violações financeiras.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, fez uma visita histórica à Turquia, a primeira em 12 anos, encontrando-se com o presidente turco Tayyip Erdogan para discutir a guerra em Gaza e fortalecer os laços entre os dois países, que foram severamente debilitados desde 2013. As relações entre os dois países começaram a melhorar em 2020 após uma iniciativa diplomática da Turquia. Durante a visita, os presidentes destacaram o desejo de aumentar o comércio bilateral de US$ 5 bilhões para US$ 15 bilhões em cinco anos e assinaram 18 memorandos de cooperação em várias áreas, como energia, defesa e saúde. Ambos os líderes expressaram apoio à causa palestina e destacaram a importância de resolver a crise na Líbia por meio de eleições e a retirada de forças estrangeiras. A Turquia elogiou os esforços humanitários do Egito em Gaza e ambos anunciaram uma posição comum em busca de um cessar-fogo na região.
Dois soldados americanos foram agredidos por membros do grupo nacionalista União da Juventude Turca (TGB) na cidade portuária de Izmir, Turquia. Quinze suspeitos foram detidos após o ataque, que ocorreu enquanto os militares dos EUA, vestidos em roupas civis, estavam na cidade. Outros cinco soldados americanos se envolveram na situação após testemunharem o incidente. A embaixada dos EUA confirmou o ocorrido e agradeceu às autoridades turcas pela rápida resposta e investigação em andamento. O ataque ocorreu durante a visita do navio USS Wasp a Izmir, onde está ancorado após exercícios com a marinha turca. O grupo TGB já havia realizado ações semelhantes contra militares dos EUA no passado, expressando sentimentos antiamericanos.
O Ministério da Defesa da Turquia reafirmou a importância de sua presença militar no norte da Síria, alegando que isso impede a influência de grupos terroristas na região devastada pela guerra. A Turquia, que desde 2016 conduz ofensivas contra as Forças Democráticas Sírias (SDF) lideradas pelos curdos, vê a presença militar como essencial para prevenir a criação de um “corredor de terror” e manter a estabilidade. Apesar das tentativas de reaproximação entre Ancara e Damasco, a Turquia mantém sua posição firme contra a retirada de suas tropas, destacando a necessidade de diálogo contínuo para resolver o conflito na Síria.
A Turquia e a Rússia reiniciaram suas patrulhas militares conjuntas no norte da Síria após uma pausa de quase um ano, conforme anunciado pelo Ministério da Defesa turco. As operações ocorrem na área da Operação Primavera da Paz, uma faixa de 30 km ao longo da fronteira turco-síria.
Pontos-chave:
Patrulhas retomadas entre Tal Abyad e Ras al-Ayn
Território anteriormente controlado por combatentes curdos
Contexto de tentativa turca de reaproximação com o regime de Assad
344 patrulhas realizadas entre 2019 e 2022
Participação de 24 militares turcos na primeira patrulha retomada
Objetivo de garantir segurança fronteiriça e estabilidade regional
Foco em identificar estruturas militares do YPG
Tensões entre Turquia e EUA devido ao apoio americano ao YPG
As patrulhas conjuntas refletem a complexa dinâmica geopolítica na região, envolvendo Turquia, Rússia, Síria e grupos curdos, com potenciais impactos nas relações com os EUA e na estabilidade do Oriente Médio.
A Turquia tem se destacado como um mediador político significativo na África, especialmente com sua recente intervenção nas tensões entre Somália e Etiópia. Este mês, em Ankara, o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, conduziu negociações entre diplomatas dos dois países, na tentativa de resolver uma disputa que poderia levar à guerra.
Crescimento da Influência Turca:
Política e Diplomacia: Desde 2003, a Turquia expandiu sua presença diplomática na África, quadruplicando suas embaixadas para 44.
Comércio: O comércio com o continente africano cresceu para US$32 bilhões no último ano, um aumento de quase 50% em relação a 2013.
Iniciativas de Poder Brando: A Turquia investe em projetos culturais e religiosos, como a construção de mesquitas, para fortalecer laços.
Segurança: Venda de drones e treinamento militar, especialmente na Somália, fortalecem alianças de segurança.
Análise de Impacto:
A Turquia não só busca diversificar sua política externa mas também se posicionar como uma potência regional. Ao contrário da percepção sobre o envolvimento russo e chinês, a presença turca é vista com menos ceticismo, sendo considerada mais como um competidor amigável do que um adversário pelos EUA e outros países ocidentais.
Os Estados Unidos estão pedindo à Turquia e a outros aliados que têm laços com o Irã para persuadi-lo a reduzir as tensões no Oriente Médio, informou a Reuters, citando o embaixador dos EUA na Turquia.
Na quarta-feira, a Turquia apresentou um pedido a um tribunal da ONU para se juntar ao processo da África do Sul acusando Israel de genocídio em Gaza, disse o ministro das Relações Exteriores.
A Turquia novamente compara Netanyahu a Hitler, enquanto ameaça mais do que uma proibição comercial pela primeira vez.
Uma guerra de palavras irrompeu entre Israel e a Turquia após o presidente Recep Tayyip Erdogan ameaçar que seu país poderia intervir militarmente na guerra de Israel em Gaza.
Nesta foto tirada em 23 de abril de 2024, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan é visto apertando a mão de Zekeriya Yapıcıoğlu (R), líder do braço político do Hezbollah
A Turquia planeja vender drones para países africanos economicamente desfavorecidos usando financiamento da Arábia Saudita, com os drones sendo fabricados lá. A produção, programada para começar em 2026, verá motores importados da Turquia, enquanto as fuselagens serão totalmente construídas na Arábia Saudita. A maior parte da fiação, sistemas de comunicação e aviônica também será montada na nova instalação.
O presidente Recep Tayyip Erdogan anunciou no sábado a iminente conclusão da operação das forças turcas contra os combatentes curdos do PKK no norte do Iraque e na Síria.
Desde o início da guerra em Gaza, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, tem sido um dos críticos mais severos e vocais de Israel – rotineiramente rotulando-o como um estado terrorista, comparando seu primeiro-ministro a Hitler e elogiando o Hamas.