Turquia nunca desapontará Jerusalém, diz ministro em discurso na ONU
Mevlut Cavusoglu, o Ministro das Relações Exteriores turco, na quinta-feira, fez um discurso em apoio a Jerusalém na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, informou a agência de notícias Anadolu.
“Hoje, falaremos por Jerusalém, a cidade de três fés divinas”, disse ele em uma sessão especial de emergência da Assembleia Geral da ONU convocada para votar sobre a controversa decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
Cavusoglu disse que “não é ético pensar que os votos e dignidade de estados membros estejam à venda”, acrescentando: “Vocês podem ser fortes, mas isso não faz de vocês certos”.
“Um membro da ONU ameaçou todos os outros membros. Pediram-nos para votarmos ‘não’ ou encararmos as consequências”, disse Cavusoglu.
“A Turquia nunca desapontará Al-Quds (Jerusalém). O povo palestino nunca será deixado sozinho. O mundo é maior do que cinco”, disse ele, salientando que a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Jerusalém viola o direito internacional e resoluções da ONU relevantes.
A Assembleia Geral da ONU, com 193 membros, em uma áspera repreensão aos EUA, condenou esmagadoramente o decreto dos EUA sobre Jerusalém, com uma votação de 128 a nove, com 35 abstenções. A decisão dos EUA atraiu condenação através do mundo árabe e muçulmano.
A administração Trump ameaçou punir países que votaram a favor da resolução, rejeitando o reconhecimento dos EUA de Jerusalém como a capital de Israel e seus planos para mudar a embaixada americana para essa cidade.
Os países que fizeram seu voto contra a resolução foram: Guatemala, Honduras, Israel, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau, Togo e os Estados Unidos. Entre as abstenções estavam: Austrália, Canadá e México. Os que votaram a favor foram os aliados dos EUA: Arábia Saudita, Egito, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Turquia e outros, juntamente à maioria dos membros da União Europeia.
O direito internacional vê a Cisjordânia – incluindo Jerusalém Oriental – como “território ocupado” e considera todos os prédios dos assentamentos judeus na terra com sendo ilegais.
Jerusalém permanece no coração do conflito no Oriente Médio, com os palestinos na esperança de que Jerusalém Oriental possa acabar servindo como a capital de um estado da Palestina independente.
Fonte: www.turkishminute.com