Erdogan e Trump reafirmam sua oposição ao referendo do Curdistão
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan e seu colega americano, Donald Trump, se reuniram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU na quinta-feira e reafirmaram a oposição deles ao referendo sobre a independência do Governo Regional do Curdistão (GRC) a ser realizado em 25 de setembro.
De acordo com um press release da Casa Branca na quinta-feira, Erdogan e Trump concordaram em colaborar para assegurarem a estabilidade regional enquanto lutam contra o terrorismo e pediram aos líderes curdos que “aceitassem o processo de intensas negociações em todas as questões pendentes que os Estados Unidos e a Turquia estejam preparados a endorsar e apoiar.”
A Turquia se opõe fortemente à decisão de se realizar o referendo do Curdistão. O Conselho de Segurança Nacional da Turquia (MGK) em uma reunião em 17 de julho afirmou que “a decisão do Curdistão de realizar o referendo não será capaz de ser posta em prática tanto de jure quanto de facto.”
Trump elogiou Erdogan como um amigo que recebe “notas altas” por “governar uma parte muito difícil do mundo” apesar das tensões entre os dois países por causa da conduta de seguranças turcos quanto a manifestantes americanos, informou o Voice of America.
A reunião entre os dois líderes veio pouco depois que guardas de segurança e apoiadores de Erdogan bateram em manifestantes durante a reunião na Cidade de Nova Iorque.
No começo de maio deste ano, a equipe de segurança de Erdogan havia sido flagrada em uma filmagem batendo vigorosamente em manifestantes no lado de fora da residência do embaixador turco em Washington, D.C., durante uma visita oficial aos EUA. Quinze de seus guarda-costas foram indiciados e são procurados pelas autoridades americanas para passarem por julgamento.
Durante um evento organizado pelo Comitê Turco-Americano da Direção (TASC) no hotel Marriott Marquis em Nova Iorque antes da reunião de Erdogan com Trump, guardas de segurança juntamente a membros da audiência bateram em manifestantes que desenrolaram faixas e começaram a gritar: “Terrorista! Terrorista!”
A filmagem do canal de televisão Voice of Amrica mostram membros da audiência batendo agredindo um manifestante conforme seguranças tentavam empurrá-lo para um lugar seguro. Logo depois que ele se foi, um segundo homem fez a mesma coisa e também foi repetidamente sucado e espancado com bandeiras da Turquia na cabeça conforme era levado pela segurança.
Depois que os manifestantes foram tirados para fora, Erdogan disse: “Não vamos dar esta reunião para alguns poucos terroristas impertinente de salão,” enquanto tentava acalmar seus partidários no salão.
Em 2016, partidários e membros do grupo de segurança de Erdogan haviam brigado violentamente com manifestantes e membros da mídia na Brookings Institution em Washington.
E em 2011, oficiais de segurança que acompanhavam Erdogan estiveram envolvidos em uma briga com os funcionários de segurança das Nações Unidas conforme o presidente tentava entrar no salão para ouvir o presidente palestino Mahmoud Abbas falar.
Fonte: www.turkishminute.com