Administração Trump planeja designar Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista
A equipe de administração de Donald Trump está realizando debates sobre se os Estados Unidos devem declarar a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista e sujeitá-la a sanções americanas, relatou a Reuters na quinta-feira.
De acordo com autoridades americanas e pessoas próximas à equipe de transição do Presidente Donald Trump, uma facção na administração Trump liderada por Michael Flynn, o Conselheiro de Segurança Nacional de Trump, quer adicionar a Irmandade às listas de organizações terroristas estrangeiras do Departamento de Estado e do Tesouro Americano.
“Sei que isso foi discutido. Sou a favor disso”, disse um conselheiro de transição de Trump, que se recusou a ter seu nome revelado por causa da sensibilidade da questão.
O conselheiro contou à Reuters que a equipe de Flynn discutiu sobre adicionar o grupo à lista americana de grupos terroristas mas disse que no final das contas não estava claro quando ou até se a administração acabaria prosseguindo com uma ação desse tipo.
Contudo, alguns dos membros da administração Trump também se preocupam que uma ação americana para designar a Irmandade inteira como um grupo terrorista complicaria as relações com a Turquia, um crucial aliado americano na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque e no Levante (ISIL ou ISIS), e liderado pelo governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) e pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan, que possuem raízes islamistas, disse a Reuters.
A Irmandade Muçulmana no Egito, o movimento islamista mais antigo do país, foi designada com uma organização terrorista naquele país em 2013.
Os laços diplomáticos entre a Turquia e o Egito foram cortados depois que Abdel Fattah el-Sisi, o chefe do exército egípcio, liderou uma intervenção militar que depôs Morsi em 2013. Desde então a Turquia tem se recusado a se engajar com Sisi, que foi eleito presidente um ano depois.
Fonte: www.turkishminute.com