Estudantes do Paquistão protestam contra a decisão do governo de deportar os professores turcos
Estudantes do Paquistão das escolas e colégios internacionais particulares PakTurk fizeram uma manifestação em Carachi na sexta-feira para protestar a deportação ordenada pelo governo paquistanês de 130 professores turcos.
Na terça-feira de o governo paquistanês pediu aos professores que trabalham em 23 escolas afiliadas ao movimento Gulen no país que deixassem o Paquistão ate 20 de novembro.
Um total de 130 professores estão trabalhando em escolas afiliadas a Gulen no Paquistão, que operam sob o nome de Escolas e Colégios Internacionais PakTurk. Pediram a eles que deixassem o país com suas famílias, dando 450 pessoas no total.
A decisão do governo paquistanês, que foi anunciada pelo Ministro do Interior do país, Chaudhry Nisar Ali Khan durante um programa de televisão ao vivo, atraiu críticas de alguns no Paquistão e também de fora do país que disseram que era injusto se curvar à pressão do governo turco e deportar professores turcos do país que ensinaram as crianças paquistanesas por anos.
A decisão do Paquistão de deportar dezenas de professores turcos foi “politicamente motivada”, disse a Anistia Internacional. A ação desencadeou pequenas manifestações em grandes cidades do Paquistão.
A Turquia sobreviveu uma tentativa de golpe militar em 15 de julho que matou mais de 240 pessoas e feriu outras mil. Imediatamente após o golpe, o governo juntamente com o Presidente Recep Tayyip Erdogan colocou a culpe no movimento Gulen.
Apesar de o erudito islâmico turco Fethullah Gulen, cujas opiniões inspiraram o movimento, e o próprio movimento terem negado a acusação, Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo lançaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as sob custódia.
Cerca de 110.000 pessoas foram expurgadas de órgãos estatais, mais de 80.000 detidos e mais 36.000 foram presos desde a tentativa de golpe. Entre os presos estão jornalistas, juízes, promotores, policiais, militares, acadêmicos, governadores e até um comediante. Os críticos argumentam que as listas de simpatizantes de Gulen foram feitas antes da tentativa de golpe.
Fonte: www.turkishminute.com