Jornal pró-governo alega com imagem editada que Gulen tem passaporte do Vaticano
Em sua série de estórias fabricadas, o jornal pró-governo Takvim publicou uma manchete fabricada no sábado alegando que o erudito muçulmano Fethullah Gulen possui um passaporte do Vaticano, uma vez que ele recebe instruções da igreja católica.
Apenas algumas horas após o Takvim ter publicado uma página de passaporte com a foto de Gulen nela, verificou-se que uma imagem de um passaporte do Vaticano encontrada no Google foi editada pelo Takvim. Apesar do argumento deles de que Gulen recebeu um passaporte especial depois de ter jurado fidelidade ao Vaticano, a foto do passaporte que aparece na primeira página inclui o nome do real titular do passaporte na seção com o código de barras. O jornal porta-voz do governo do AKP, Takvim, inseriu a foto de Gulen na página do passaporte, mas seus editores se esqueceram de remover as letrinhas que revelam o verdadeiro dono, chamado Domenico Paradisi.
De acordo com a mais recente reportagem fabricada do Takvim, Nurettin Veren, um informante que se virou contra Gulen forneceu o suposto passaporte ao jornal. Veren alegou que quando Gulen supostamente declarou sua lealdade ao Vaticano, ele recebeu um documento demonstrando que ele é uma “pessoa especial”.
Em um esforço para descreditar Gulen nos olhos do público turco conservativo muçulmano, os órgãos de mídia pró-governo têm publicado estórias similares nos últimos três anos, incluindo reportagens que dizem que Gulen é um judeu e que serve aos interesses israelenses.
Logo em seguida do golpe fracassado de 15 de julho, já que o Presidente Recep Tayyip Erdogan coloca Gulen como responsável pelo golpe, os esforços de demonização alcançaram um novo nível: culpam ele por tudo que acontece de errado na história recente da Turquia.
Fonte: www.turkishminute.com