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Erdogan diz que os EUA não terá sucesso em curvar a Turquia

Erdogan diz que os EUA não terá sucesso em curvar a Turquia
dezembro 04
14:10 2017

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, no Domingo, continuou a criticar os EUA por causa do caso de Reza Zarrab, comerciante de ouro turco-iraniano, que revelou suas táticas e cúmplices no governo turco na violação das sanções americanas sobre o Irã em um tribunal federal de Nova Iorque, dizendo que os EUA não serão capazes de fazer a Turquia se curvar, informou a agência de notícias estatal Anadolu.

“Agora os EUA estão tentando nos julgar, punir e desacreditar porque não nos submetemos aos cenários deles. O plano, o complô deles está claro. Eles estão fazendo isso com os colaboradores deles em nosso país. Eles estão fazendo isso com a FETO [termo derrogatório cunhado pelo governante Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) para se referir ao Movimento Gulen]”, disse Erdogan durante um congresso do partido na província Agri, em resposta ao caso de Zarrab em Nova Iorque.

“Vocês não serão capazes de nos fazer cair numa armadilha. Eles agitaram o PKK [o ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão] para esse fim. Eles ativaram a FETO para esse fim. Eles enviaram o ISIL [Estado Islâmico no Iraque e no Levante] até a gente para esse fim. Mesmo agora eles usam o líder do principal partido de oposição [Kemal Kilicdaroglu, presidente do Partido Popular Republicano (CHP)], em outras palavras, o líder do principal partido da traição para esse fim”, acrescentou Erdogan.

“A minha nação deve saber que nenhum desses ataques, difamações e complôs são independentes um do outro. Todos eles almejam o mesmo fim: curvar a Turquia, colocar o meu [povo] um contra o outro. O que quer que eles façam, não vão ter sucesso”.

O Presidente Erdogan, no sábado, havia repreendido os EUA, dizendo que não deveriam tentar condenar a Turquia com tribunais virtuais.

“O meu país não pode ser condenado com tribunais virtuais e representantes falsos da vil FETO”, disse Erdogan na província Kars.

Zarrab depôs no tribunal federal em Nova Iorque, na quinta-feira, que o então primeiro-ministro da Turquia e atual presidente, Erdogan, autorizou pessoalmente o envolvimento de bancos turcos em um esquema para evadir sanções americanas sobre o Irã.

Zarrab e oito outras pessoas, incluindo o ex-ministro da economia da Turquia e três executivos do Halkbank, foram acusados de se engajarem em transações no valor de centenas de milhões de dólares para o governo do Irã e para entidades iranianas de 2010 a 2015 em um esquema para evadir as sanções dos EUA.

Zarrab foi o principal suspeito em uma grande investigação de corrupção na Turquia que se tornou pública em dezembro de 2013 e que envolveu o círculo interno do governo do AKP e do então Primeiro-Ministro Erdogan. Supôs-se que Zarrab pagou propinas a funcionários do Gabinete e de bancos para facilitarem transações que beneficiassem o Irã.

Depois que Erdogan colocou o caso como uma tentativa de golpe para derrubar seu governo, orquestrada por seus inimigos políticos, vários promotores foram removidos do caso, policiais foram transferidos e a investigação contra Zarrab foi abandonada na Turquia.

Erdogan e seu governo lançaram uma guerra aberta contra o Movimento Gulen logo após as operações de corrupção em dezembro de 2013.

Erdogan também acusa o Movimento Gulen de arquitetar uma tentativa fracassada de golpe na Turquia em 15 de julho de 2016.

Apesar de o grupo negar fortemente ter envolvimento no golpe fracassado, Erdogan lançou uma caça às bruxas voltada ao movimento logo em seguida do golpe fracassado.

A Turquia suspendeu ou dispensou mais de 150.000 juízes, professores, policiais e servidores civis desde 15 de julho. O Ministério da Justiça da Turquia anunciou em 13 de julho que 50.510 pessoas foram presas e que 169.013 estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.

O governo confiscou pelo menos 1.068 empresas e 4.888 propriedades como parte da caça às bruxas voltada ao Movimento Gulen.

Fonte: www.turkishminute.com

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