Erdogan pediu a Trump que extraditasse Gulen
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu ao presidente americano Donald Trump que extraditasse Fethullah Gulen, erudito islâmico turco, e Trump prometeu reavaliar a questão, relatou o jornal Turkiye no domingo.
“Pedi a Trump que extraditasse Gulen mais uma vez”, contou Erdogan a membros do partido quando dava detalhes de uma ligação telefônica com Trump na sexta-feira.
O Presidente Erdogan e seu governo acusam Gulen de arquitetar um golpe fracassado na Turquia em julho do ano passado. Gulen e o movimento que inspirou negam qualquer envolvimento com a tentativa de golpe.
Abdulhamit Gul, o ministro da Justiça da Turquia, na quinta-feira, disse que Ancara havia enviado aos EUA um total de sete pedidos de extradição e um mandado de prisão temporária para Gulen. Gul disse durante uma reunião orçamentária no Parlamento que o último pedido oficial pela extradição de Gulen foi enviado aos EUA em 3 de novembro.
Ancara já há muito tempo pede a extradição de Gulen, um pedido que foi renovado após o golpe fracassado em julho de 2016. Contudo, o Departamento de Justiça dos EUA supostamente não encontrou evidências o suficiente que ligassem Gulen à tentativa de golpe, apesar das caixas de documentos que a Turquia enviou, alegando que elas apoiam sua alegação.
A investigação federal sobre o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, Michael Flynn, um general aposentado, e seu filho como parte de uma investigação sobre a interferência da Rússia na eleição de 2016 revelou que o FBI recusou um pedido de verificar um pedido da Turquia em 2016 para extraditar Gulen, informou a NBC News em 6 de novembro.
“O FBI recusou o pedido porque a Turquia não havia fornecido informações adicionais que poderiam incriminar Gulen logo após uma avaliação do caso durante a administração de Obama, disse o funcionário do governo. Não está claro se o pedido para se investigar Gulen veio de Flynn ou através dos canais diplomáticos típicos no Departamento de Estado”.
Um suposto plano que envolvia Flynn remover Gulen à força, que vive na Pensilânia, em troca de milhões de dólares está sendo investigado pelo Conselheiro Especial Robert Mueller, informou o The Wall Street Journal em 10 de novembro.
Michael Flynn e seu filho, Michael Flynn Jr., receberam até 15 milhões de dólares para entregarem Gulen ao governo turco sob a suposta proposta, de acordo com pessoas com conhecimento de discussões que Flynn teve com representantes turcos durante uma suposta reunião em dezembro no 21 Club na cidade de Nova Iorque. As conversas envolveram possivelmente transportar Gulen de jatinho para a ilha prisional turca de Imrali, onde Abdullah Ocalan, o líder do terrorista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), está encarcerado.
Fonte: www.turkishminute.com