2.274 instituições educacionais particulares ligadas a Gülen fechadas desde a tentativa de golpe, diz ministro
Ismet Yilmaz, o ministro da educação turco, anunciou que o governo fechou 2.274 instituições educacionais desde a tentativa fracassada de golpe em 15 de julho de 2016, como parte de uma caça às bruxas voltada ao Movimento Gülen, acusado pelo governo de arquitetar e liderar o golpe fracassado, informou a agência de notícias estatal Anadolu.
“Um total de 1.065 escolas particulares, 361 instituições educacionais particulares e 848 dormitórios para estudantes foram fechados,” disse Yilmaz durante um discurso na Comissão de Orçamento do Parlamento.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan na terça-feira admitiu que pessoas simpáticas ao Movimento Gülen foram retidas na Turquia.
“Os que são inteligentes deixaram a Turquia, os que não são inteligentes ficaram retidos aqui,” disse Erdogan.
Erdogan e seu governo lançaram uma guerra aberta contra o Movimento Gülen logo após operações de corrupção em dezembro de 2013 em que ministros e o filho do então Primeiro-Ministro Erdogan foram acusados de terem recebido propina de um empresário iraniano para facilitarem transações que beneficiassem o Irã.
Depois que Erdogan colocou o caso como uma tentativa de golpe para derrubar seu governo, orquestrada por seus inimigos políticos, vários promotores foram removidos do caso, policiais foram transferidos e a investigação de corrupção foi retirada.
Erdogan exortou publicamente as pessoas a não enviarem seus filhos a escolas do Movimento Gülen, não lerem suas publicaçõe ou assistirem suas mídias e não colocarem seu dinheiro no Banco Asya. Todos eram legais mas ligados ao Movimento Gülen.
Os tribunais penais de paz, que foram estabelecidos pelo governo de Erdogan no meio de 2014, começaram a prender pessoas e confiscar empresas, mídia e escolas ligadas ao Movimento Gülen do meio do ano de 2014 em diante.
Erdogan também acusa o Movimento Gülen de arquitetar e liderar a tentativa de golpe fracassada na Turquia em 15 de julho de 2016.
Fethullah Gülen, que inspirou o Movimento, negou veementemente ter qualquer papel no golpe fracassado e pediu por uma investigação internacional sobre o caso, mas o Presidente Erdogan — chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” — e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as sob custódia.
A Turquia suspendeu ou dispensou mais de 150.000 juízes, professores, policiais e funcionários públicos desde 15 de julho de 2016. O Ministério da Justiça da Turquia anunciou em 13 de julho que 50.510 pessoas foram presas e 169.013 estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.
O governo confiscou pelo menos 1.068 empresas e 4.888 propriedades como parte de uma caça às bruxas voltada ao Movimento Gülen.
Fonte: www.turkishminute.com