Ministro da Educação pede a embaixadores africanos que fechem as escolas Gülen
O ministro turco da educação, Ismet Yilmaz, pediu a embaixadores de países africanos que fizessem seus governos fecharem escolas afiliadas com o Movimento Gülen, que é baseado na fé, acusado de montar uma tentativa de golpe frustrada em julho de 2016, informou o site de notícias t24 na terça-feira.
De acordo com a reportagem, Yilmaz alertou os embaixadores sobre apoiadores de Gülen que vivem em países africanos e disse que a Fundação Maarif da Turquia estava trabalhando para tomar escolas afiliadas a Gülen e abrir novas escolas em países africanos.
“Nós queremos que os africanos, nossos amigos e irmãos, livrem-se de escolas da FETÖ [um termo derrogatório usado pelo governo turco para se referir ao Movimento Gülen].”
A tentativa de golpe militar em 15 de julho de 2016 matou 249 pessoas e feriu mais de mil outras. Imediatamente após o golpe, o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento juntamente ao Presidente Recep Tayyip Erdogan colocaram a culpa sobre o Movimento Gülen.
Gülen, cujas ideias inspiraram o Movimento, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e pediu por uma investigação internacional sobre o ocorrido, mas Erdogan e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do Movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as sob custódia.
Erdogan também lançou uma caça às bruxas contra os seguidores de Gülen por todo o mundo, pedindo a vários países que fechassem escolas e instituições afiliadas a Gülen e também deter e extraditar professores, empresários e suas famílias que simpatizem com o Movimento.
O ministro da justiça turco anunciou em 13 de julho que 50.510 pessoas foram presas e que 169.013 foram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado.
A Turquia suspendeu ou dispensou mais de 150.000 juízes, professores, policiais e servidores públicos desde 15 de julho através de decretos do governo emitidos como parte do estado de emergência.
Fonte: www.turkishminute.com