Erdogan diz que Trump ligou para pedir desculpas pelos guardas turcos
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o presidente americano, Donald Trump, ligou para ele para pedir desculpas sobre o incidente envolvendo a equipe de segurança turca e manifestantes durante uma visita oficial de Erdogan aos EUA em maio.
As observações de Erdogan vieram durante uma entrevista com a PBS na segunda-feira durante sua visita aos EUA para participar da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em 16 de maio, membros da equipe de segurança do Presidente Erdogan participaram de uma briga violenta com um grupo de manifestantes no lado de fora da residência do embaixador turco em Washington e pelo menos 11 manifestantes foram feridos.
A uma pergunta a respeito dos incidentes, Erdogan disse que Trump ligou para ele para pedir desculpas e que queria “acompanhar essa questão.”
Erdogan fez referência à falta de apoio da polícia de Washington conforme os manifestantes, que Erdogan alegou que eram terroristas, se aproximaram de seu carro.
De acordo com uma reportagem do jornal The Guardian, um funcionário da Casa Branca disse que Trump não pediu desculpas a Erdogan enquanto discutiam sobre várias outras questões.
Logo depois dos incidentes, a Polícia Metropolitana de Washington soltou um vídeo de “pessoas de interesse” que acredita-se estarem na equipe de segurança de Erdogan e que estiveram envolvidas no ataque contra os manifestantes. A polícia também emitiu uma lista de procurados para os guarda-costas do Presidente Erdogan como suspeitos de crime por seus ataques contra manifestantes em 16 de maio.
Indiciamentos foram emitidos para 19 pessoas, incluindo 15 membros da esquipe de segurança de Erdogan, por atacarem os manifestantes em Washington, D.C.
Os indiciamentos, que foram anunciados em agosto, acusam os perpetradores de atacarem as pessoas que estavam protestando contra a visita de Erdogan de cometerem um crime de violência. Alguns deles também enfrentam acusações de ataque com uma arma mortal. Enquanto que 16 réus foram acusados em junho, três novos réus, todos sendo oficiais da segurança turca, foram adicionados ao indiciamento.
A Casa unanimante passou uma resolução em maio condenando as ações ultrajantes e abusivas dos funcionários da segurança turca na violência no lado de fora da residência do embaixador turco, dizia a carta, acrescentando que “Devemos assegurar que a Polícia Nacional Turca e os funcionários de segurança acompanhantes respeitem as leis dos Estados Unidos e abstenham-se de quaisquer ações agressivas que não são relacionadas à proteção do presidente turco.” Os representativos também pediram que “esses funcionários da segurança indiciados por atacarem manifestantes pacíficos terão o visto negado para entrarem nos Estados Unidos como parte de uma delegação oficial.”
Fonte: www.turkishminute.com