Erdogan diz que indiciamento contra seguranças é escandaloso e que os EUA estão protegendo o Movimento Gülen
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, na sexta-feira, chamou de “escandaloso” um recente indiciamento americano contra seus guarda-costas, por violentamente atacarem manifestantes em Washington, D.C., alegando que os EUA estão protegendo o Movimento Gülen.
Erdogan também afirmou que um indiciamento redigido por um promotor que foi nomeado pela administração Obama não é válido para ele. De acordo com Erdogan, seus guarda-costas fizeram seu trabalho de protegê-lo.
Em maio, os guarda-costas de Erdogan foram flagrados em vídeo chutando e batendo em manifestantes, em sua maioria curdos, no lado de fora da residência do embaixador turco nos EUA conforme Erdogan aparentemente assistia a briga a partir de seu carro.
Contudo, Erdogan alegou que o indiciamento de seus guarda-costas seja outra afronta nas relações desgastadas com os EUA. De acordo com Erdogan, o indiciamento tem o objetivo de proteger o Movimento Gülen, que ele responsabiliza por qualquer coisa que aconteça de errado na Turquia.
Antes da crítica de Erdogan do sistema judicial americano, o Ministério das Relações Estrangeiras turco emitiu uma declaração protestando contra o indiciamento de 15 membros da equipe de segurança que atacou manifestantes em Washington, D.C., durante uma visita oficial em maio.
Os indiciamentos, que foram anunciados na terça-feira, acusavam 19 pessoas, incluindo 15 dos guardas de Erdogan, de atacarem as pessoas que estavam se manifestando contra a visita de Erdogan e de cometerem um crime de violência. Alguns deles também enfrentam acusações de ataque com uma arma mortal.
“Nós estamos protestando fortemente que um indiciamento injusto e tendencioso que está até acusando os que não estavam lá e que nunca estiveram nos EUA tenha sido aceito,” dizia a declaração.
O Ministério também disse que os incidentes foram causados pela negligência funcionários locais de segurança e por provocações de membros do ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e que a segurança da delegação turca não podia ser assegurada.
Enquanto que 16 réus foram acusados em junho, três novos réus, todos os quais são funcionários de segurança turcos, foram adicionados ao indiciamento.
Dois réus foram presos em junho e o resto está à solta.
Em 16 de maio, membros da equipe de segurança do Presidente Erdogan entraram em uma briga violenta com um grupo de manifestantes no lado de fora da residência do embaixador turco em Washington enquanto Erdogan estava fazendo uma visita oficial ao país. Ao menos 11 manifestantes ficaram feridos.
O Departamento de Polícia Metropolitano de D.C. liberou um vídeo de “pessoas de interesse” que acredita-se estarem na equipe de segurança de Erdogan que estiveram envolvidas no ataque contra manifestantes.
O Departamento de Polícia também emitiu uma lista de procurados para os guarda-costas de Erdogan como suspeitos de crime por seus ataques contra manifestantes em 16 de maio.
Os manifestantes haviam se reunido para protestarem contra as políticas de Erdogan, que estava na capital para uma reunião com o presidente americano, Donald Trump. Quando Erdogan chegou mais tarde na residência do embaixador, sua equipe de segurança, juntamente a partidários do presidente turco, foi capturada em vídeo atacando brutalmente o grupo de manifestantes.
Erdogan também foi visto na filmagem observando seus guarda-costas atacarem os manifestantes.
Fonte: www.turkishminute.com