TSK desenvolvem software para identificar apoiadores de Gülen no exército
As Forças Armadas Turcas (TSK) desenvolveram um software para identificar membros do Movimento Gülen, que é acusado pelo governo turco de montar um golpe frustrado em julho do ano passado, informou o jornal Hürriyet na quarta-feira.
De acordo com a reportagem, o software categoriza as relações de membros das TSK com o Movimento Gülen usando as cores verde, amarela e vermelha.
No software, missões fora do país, relatórios disciplinares, promoções rápidas, designações para recrutar estudantes e avaliar as notas de estudantes e deveres acadêmicos são considerados pontos negativos que implicam em ligações com o Movimento Gülen. Depois da avaliação de um membro das TSK pelo software, ele ou ela é categorizado como verde, amarelo ou vermelho, e mais investigações são lançadas para os marcados em amarelo e vermelho.
Enquanto que investigações sobre militares de baixa patente ainda estão ocorrendo, o software supostamente foi desenvolvido para mais rapidamente identificar membros das TSK legados a Gülen.
Durante a última reunião do Conselho Militar Supremo (YAS) da Turquia, alegou-se que todos os apoiadores de Gülen em posições de alta patente foram dispensados por meio desse software.
Fikri Isik, o ministro da defesa turco, disse em março que o governo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) dispensou um total de 22.920 funcionários militares após a tentativa de golpe militar em 15 de julho de 2016.
Em resposta a uma pergunta do deputado Muharrem Ince do Partido Popular Republicano (CHP), Isik disse que 6.511 oficiais e 16.409 cadetes foram dispensados das forças armadas. Entre os cadetes estavam incluídos 4.090 dos colégios militares, 6.140 de colégios de oficiais não comissionados e 6.179 de escolas militares de nível universitário.
O governo está no centro da crítica por dispensar 22.920 funcionários militares devidos aos seus laços com o Movimento Gülen, apesar do fato de que as forças armadas turcas afirmou em 27 de julho que apenas 8.651 membros das forças armadas, incluindo cadetes e recrutas participaram da tentativa de golpe de 15 de julho.
“Se foi um golpe perpetrado pelo Movimento Gülen e 22.920 funcionários militares foram dispensados por suas conexões com o Movimento conforme o presidente turco Tayyip Erdogan e o governo afirmam, por que apenas 8.651 membros das forças armadas participaram do golpe?” é uma pergunta feita por críticos.
O Ministro da Defesa Isik disse no mês passado que 30.000 novas pessoas seriam alistadas nas forças armadas.
Um relatório preparado pelo Centro de Análise de Inteligência (IntCen) da União Europeia revelou que apesar de o Presidente Erdogan e o governo turco imediatamente colocarem a culpa pelo golpe fracassado de 15 de julho no Movimento Gülen, que é baseado na fé, a tentativa de golpe foi encenada por uma gama de oponentes de Erdogan devido a temores de um expurgo iminente, de acordo com uma reportagem do jornal The Times em 17 de janeiro.
Fonte: www.turkishminute.com