Ministro turco: Eu estrangularia os apoiadores de Gulen onde quer que encontrasse eles
Se dirigindo a estudantes sendo enviados para fora do país com bolsas de estudo, o genro do Presidente Recep Tayyip Erdogan e ministro das energias e recursos naturais, Berat Albayrak, disse que estrangularia os apoiadores do Movimento Gulen onde quer quer os visse, informou o jornal Cumhuriyet hoje.
Alegando que membros do Movimento Gulen, que o governo turco acusa de terem montado uma tentativa frustrada de golpe em julho do ano passado, estavam se empanhando para difamar a Turquia, Albayrak disse: “Vocês provavelmente vão ver eles nos países que vocês estão visitando. Por Deus, eu mal poderia me conter se eu fosse vocês. Eu iria estrangular eles onde quer que encontrasse eles.”
Os jornalistas Cem Kucuk e Fuat Ugur, partidários ferrenhos do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, fizeram um chamado em junho para o assassinato de seguidores do Movimento Gulen, que é baseado na fé, que estão no exterior.
Kucuk, um jornalista convictamente pró-governo conhecido por seus ataques a críticos do governo nas mídias sociais, sugeriu que os apoiadores do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) que vivam dora do país estavam dispostos a realizar os assassinatos e que a Organização de Inteligência Nacional Turca (MIT) tem a autoridade de realizar tais atos fora do país. Kucuk acrescentou que os turcos que estão vivendo fora do país estão dispostos a se sacrificarem e que sabem onde os seguidores de Gulen estão vivendo.
O ministro da economia da Turquia, Nihat Zeybekci, disse no ano passado que o governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) puniria os que tramaram a tentativa fracassada de golpe militar tão severamente que implorariam pela morte.
“Vamos colocar eles em tais buracos [cadeias] para serem punidos que não vão nem ser capazes de ver o sol de Deus enquanto respirarem. Eles não vão ver a luz do dia. Eles não vão ouvir uma voz humana. Eles vão implorar pela morte, dizendo ‘matem logo a gente’,” disse Zeybekci.
A Turquia sobreviveu a uma tentativa de golpe militar em 15 de julho de 2016 que matou 249 pessoas e feriu mais de outras mil. Imediatamente após a tentativa, o governo do AKP juntamente ao Presidente Erdogan colocaram a culpa no Movimento Gulen.
Fethullah Gulen, que inspirou o movimento, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e pediu por uma investigação internacional sobre o golpe, mas o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo iniciaram um amplo expurgo com o objetivo de limpar os simpatizantes do Movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando suas figuras populares e colocando-as em custódia.
O Ministério da Justiça da Turquia anunciou em 13 de julho deste ano que 50.510 pessoas foram presas e que 169.013 estiveram sujeitas a procedimentos legais sob acusações de golpe desde o golpe fracassado no ano passado.
A Turquia suspendeu ou dispensou mais de 150.000 juízes, professores, policiais e funcionários públicos desde 15 de julho de 2016.
Fonte: www.turkishminute.com