Jornalistas pró-Erdogan pedem pelo assassinato de seguidores de Gulen no exterior
Os jornalistas Cem Kucuk e Fuat Ugur, partidários ferrenhos do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, fez um pedido na quinta-feira pelo assassinato de seguidores do movimento Gulen, que é baseado na fé, que vivam no exterior, durante uma transmissão ao vivo no canal de notícias TGRT.
O movimento Gulen é acusado pelo governo turco de arquitetar uma tentativa fracassada de golpe em 15 de julho, uma alegação que o movimento nega fortemente.
Ugur citou Ismail Hakki Pekin, antigo chefe de inteligência do Estado-Maior, que disse no canal de TV Haberturk: “Os da FETO [um termo derrogatório usado pelos círculos do governo para se referirem ao movimento Gulen] que cometeram alguma traição e fugiram para o exterior devem ser exterminados, e isso é a responsabilidade da República da Turquia”, e Ugur acrescentou que concorda totalmente com ele.
Kucuk, um jornalista pró-governo ferrenho conhecido por seus ataques contra críticos do governo nas mídias sociais, sugeriu que os partidários do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) que vivem fora do país estavam dispostos a realizar os assassinatos e que a Organização de Inteligência Nacional Turca (MIT) tem a autoridade de realizar tais atos dora do país. Kucuk acrescentou que os turcos que vivem fora do país estavam dispostos a se sacrificarem e que sabem onde os seguidores de Gulen estão vivendo.
“Vejam como a Inglaterra e os EUA estão matando pessoas. Eles podem fazer as execuções parecerem com um ataque do coração ou um acidente de carro. Porque os corações daquele pessoal da FETO nunca param?” continuou ele.
Fethullah Gulen, que inspirou o movimento Gulen, negou fortemente ter qualquer papel no golpe fracassado e pediu por uma investigação internacional sobre o golpe, mas o Presidente Erdogan – chamando a tentativa de golpe de “um presente de Deus” – e o governo iniciaram um expurgo generalizado com o objetivo de limpar os simpatizantes do movimento de dentro das instituições estatais, desumanizando sua figuram populares e colocando-as em custódia.
De acordo com uma reportagem da agência de notícias estatal Anadolu em 28 de maio, 154.694 indivíduos foram detidos e 50.136 foram presos devido a supostas ligações com Gulen desde a tentativa fracassada de golpe.
Devido à continuada caça às bruxas contra o movimento Gulen, milhares de seguidores de Gulen tiveram que deixar a Turquia e buscar refúgio fora do país para evitarem a perseguição do governo.
Fonte: www.turkishminute.com